sábado, abril 27, 2019

Anti-Farage

Por muito que não se goste de Farage e do seu projecto anti-Europeu, esta não é a forma de o combater. Há quem tenha votado nele e não se tratam eleitores assim. Esta superioridade moral de todos os que não se consideram populistas, extremistas ou fascistas vai acabar por entregar o “ouro”, de bandeja, aos “bandidos”. É a célebre história de deitar fora o bebé com a água do banho... tenho genuína pena de estar a assistir a isto. Cada dia lá se vai mais um pouco de liberdade, de tolerância, de democracia e de respeito. E, o pior, é que é tudo feito em nome duma suposta ideia virtuosa de liberdade, de tolerância, de democracia e de respeito.

sexta-feira, abril 26, 2019

Do you hear the people sing?

Vi o vídeo das cançonetas do BE na Avenida da Liberdade e devo dizer que estou chocada. Que falta de sentido estético nas roupas (se é para descer a Avenida em estilo musical pelo menos que usem vestidos adequados, cheios de brilhos e efeitos), que música da treta (se é para ser um número musical, tenham pelo menos atenção às letras e às melodias), que coreografia péssima (pelo menos podiam estar coordenados e não cada um a olhar para o seu lado). Da próxima vez, inspirem-se, por exemplo, aqui para as vossas tropelias Broadway inspired! E já agora, de caminho, não desejem a morte a ninguém. É que isso nem em versão musical passa.
YOUTUBE.COM
One of the emblematic songs of both the movie and the musical. The source of the clip is the 2012 movie.

quarta-feira, abril 17, 2019

Paradoxo da tolerância

Esta jovem, vice presidente de um sindicato de estudantes, esta-se nas tintas (para não usar palavra pior) para a história e identidade francesa e diz que “chorar” Notre Dame é delírio de pequenos brancos. A propósito de tal impropério, recordei-me de Karl Popper e da impossibilidade de ser tolerante com os intolerantes, razão pela qual a defesa da sociedade aberta implica reconhecer e combater os seus inimigos. É só ir reler o paradoxo da tolerância, estabelecido pelo próprio, e perceber que a defesa da nossa liberdade e da nossa sociedade aberta não poder ser complacente ou cúmplice da intolerância dos que a põem em causa e ameaçam. O princípio é tão simples mas está tão esquecido na sociedade actual!

terça-feira, abril 09, 2019

Brexit

Eu fui daquelas que não gostou (se é que tenho o direito de gostar ou não gostar!) do resultado do Referendo que conduziu ao Brexit. Não gostei porque acho que, apesar de todas as suas eurocontradições, o Reino Unido fará falta à União Europeia em que acredito. Fará falta para a defesa do mercado interno, fará falta na visão não federal, fará falta na sua defesa intransigente de um projecto de nações soberanas. Fará falta no seu imenso conhecimento e experiência em inúmeros temas, do sistema financeiro, à presença da Europa no mundo! Fará até falta nas suas dúvidas e questões que punham travão a alguns ímpetos mais integracionistas. Na minha mundividência e inclinação política, farão sobretudo falta os conservadores, para um ECR equilibrado e confiável. Posto isto, e estando nós nas derradeiras horas antes do segundo prazo de saída, parece-me que a única solução é, de facto, o Reino Unido sair no dia 12, sem acordo. Nada poderá ser pior do que o triste espetáculo a que temos assistido de um Estado refém de um resultado de uma consulta popular que nenhum político quer cumprir. Se mais uma vez se pedir um adiamento, se for um adiamento longo e se forem realizadas as eleições para o Parlamento Europeu, o Brexit estará condenado. E isso, por muito que eu não goste da ideia de saída, não é o que o povo britânico decidiu. Possivelmente, até, a saída sem acordo será o mais próximo do que estava na cabeça dos Brexiters quando votaram. Fazer tábua rasa desse voto, será um golpe duríssimo numa das mais antigas democracias. E isso não trará nada de bom para o RU e para a UE.

domingo, abril 07, 2019

É pró menino e prá menina!

Nos dias que correm, optar por esta divisão de cores, é o que basta para ser, no mínimo, politicamente incorrecta. No máximo um símbolo da repressão do patriarcado normativo não inclusivo, homofóbico, transfóbico, machista e racista que perpetua a submissão feminina. Nem quero imaginar o que a Escola do Eixo teria a dizer sobre mim e sobre a nossa família se visse isto...