terça-feira, novembro 09, 2004

Sessão Nostalgia ou o Regresso à Infância!

Deixei aqui em baixo um texto retirado do «Principesinho» (peço desculpa pela versão 'brasileira', mas foi a única que encontrei na Net), que é daqueles livros que marca o imaginário de todos nós! Quem não se lembra de imediato da história da rosa; que o «essencial é invisível aos olhos» ou que todos «somos responsáveis por aquilo que cativamos»? É um livro sobre uma criança, mas um livro que não tem idade... a sua mensagem faz sentido (vai assumindo vários sentidos, para ser precisa!) para todos nós, qualquer que seja a nossa idade! Fez sentido quando o li a primeira vez, teria talvez 12 anos, fez sentido quando o voltei a ler lá para os 16 ou 17, e ainda hoje faz sentido (agora que sou consideravelmente mais velha!!!!). Ter aqui o «Principesinho» é, pois, ter aqui um bocadinho da minha infância...

Falando em infância, não posso deixar passar o dia de hoje sem recordar que foi há 15 anos (tinha eu 8!) que caiu o Muro de Berlim, acabando a divisão (ocidente/países comunistas) na cidade de Berlim, na Alemanha e no Mundo. A queda do muro é o marco da queda do comunismo e como tal simboliza a vitória da liberdade sobre a opressão; a vitória da democracia sobre o totalitarismo; a vitória da dignidade sobre a ditadura dos gullags; a vitória das pessoas sobre o PCUS! O que possa dizer sobre isto pouco mais será que o que aprendi nas aulas de História mas, se há imagem que me lembro de ver na televisão, é a das pessoas em cima do muro, a deitá-lo a baixo com machados, como se cada machadada na pedra fosse uma machadada no regime que durante tantos anos oprimiu parte da Europa! É pois um dia feliz para a Europa e para o Mundo!

E, sem sair do mesmo registo, e numa de nostalgia pela infância, tenho que confessar que adoro o novo CD da Adriana (Calcanhoto) Partimpim. Seja a «Canção da Falsa Tartaruga», o «Lig Lig LigLé» ou a «Ciranda de Bailarina», embora a minha preferida seja mesmo esta:

«Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu assim sem você
Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Amor sem beijinho
Buchecha sem Claudinho
Sou eu assim sem você
Circo sem palhaço
Namoro sem amasso
Sou eu assim sem você

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos
Deitar no teu abraço
Retomar o pedaço
Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo
Por quê? Por quê?

Neném sem chupeta
Romeu sem Julieta
Sou eu assim sem você
Carro sem estrada
Queijo sem goiabada
Sou eu assim sem você

Porque que é que tem que ser assim?
Se o meu desejo não tem fim
Eu te quero a todo instante
Nem mil auto-falantes
Vão poder falar por mim

Eu não existo longe de você
E a solidão é o meu pior castigo
Eu conto as horas pra poder te ver
Mas o relógio tá de mal comigo»


Adriana Partimpim, «Fico assim sem você»

4 comentários:

Anônimo disse...

Ai, ai, que esta nostalgia tem nome!
Anda por aí um "principesinho" fugido...

Instantes Perdidos disse...

Pois é...

Como eu adoro essa musica.

Adoro-a, apesar de odiar musica Brasileira. Mas basta alguém me ter dedicado "essa" musica, para eu ter passado a adorá-la.

O ser humano é um espectáculo.

Nostalgia, que me abraças.
Em teu leito me deito,
Profunda em desgraças,
Que não há direito.


Assin: Artur Rebelo

Anônimo disse...

Eu vo ter d ler ixu pa a eskola.. eheh
Sara, mana da Vania

BSC disse...

Sara, quando leres «O Principesinho» não o faças só por obrigação! Vais ver que vais gostar tanto como eu!