terça-feira, maio 31, 2005

Parabéns, Parabéns*

Hoje é dia de festa na Bloggosfera!!!!!!!!!!

Os amigos Crackdown e Anthrax, quais gémeos da má-lingua e das boas ideias, fazem hoje um ano de aventura bloggosférica!

São, além de dois queridos amiguinhos, duas pessoas que sabem o que dizem (no caso, escrevem) e que, quase sempre, põem o dedo na ferida, sem apelo nem agravo!

Muitos, muitos parabéns aos dois!

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Para mim ainda faltam dois dias... o Champagne já 'tá' no frigorífico!

Ainda o «Non»

Uma trilogia do «oui» a não perder!

segunda-feira, maio 30, 2005

So long, Farewell

Inspirada pelo , a quem peço, desde já, desculpa pelo plágio, acho que esta música bem que podia ser cantada por 25 pequenos europeus (ou seria melhor serem só 15?)...


«So long, farewell, Auf wiedersehn, good night,
I hate to go and leave this pretty sight.
So long, farewell, Auf wiedersehn, adieu,
Adieu, adieu, to yieu and yieu and yieu.

So long, farewell, Au'voir, auf wiedersehn,
I'd like to stay and taste my first champagne
So long, farewell, Auf wiedersehn, goodbye,
I leave and heave a sigh and say goodbye,
Good bye

I'm glad to go,
I cannot tell a lie.
I flit, I float,
I fleetly flee, I fly.

The sun has gone to bed and so must I
So long, farewell, auf wiedersehn, goodbye,
Goodbye,
Goodbye,
Goodbye!»


domingo, maio 29, 2005

Primeiras considerações sobre o Não Francês



Ninguém diz aos parisienses que a Torre Eiffel fica vraiment affreuse com aquelas luzes tipo pirilampo????
Por acaso já tinha achado isso na minha última visita a Paris, mas na televisão a coisa fica ainda pior!
Já que disseram não ao Tratado, digam também não às luzes!

Ils ont dit - NON

La France rejette le Traité Constitutionnel Européen.

Carlos

O Carlos fez anos, na quinta-feira, e esperava um post no SLIH (pode haver coisa mais fofa?)

Acontece que eu não fiz, porque lhe dei os Parabéns pessoalmente, poucos segundos depois da meia-noite. Mas, lá está, o Carlos é a pessoa que eu conheço com melhor memória e lembrou-se que, provavelmente há 4 milénios atrás, eu ter-lhe-ei prometido um post por ocasião dos seus anos. Lembrou-se e cobrou-me a promessa...

Bem, como não o fiz no dia 26, faço agora!

Carlos, Parabéns pelos teus 30* anos! Não é todos os dias que um amigo tão querido passa essa importante marca (deixa estar que dentro de poucos meses já estarás bem acompanhado!) e se torna um senhor respeitável! (É desta que te vou passar a tratar por 'tio'!)

Agora, querido Carlos, amigo e 'boss', acabaram-se as brincadeiras, porque tu já nem estás na mesma década que eu... Respeitinho, muito respeitinho ao 'tio' Carlos! Qualquer dia já preciso da máquina do tempo para falar contigo! eh eh eh.

Mas, Carlinhos, não fiques triste, porque na quarta-feira (dia 1) eu volto a dar-te os parabéns, pelo dia da criança! Porque, no fundo, no fundo, tu não passas de uma adorável criança! (E no dia 2 serás tu a dar-mos a mim!)

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* Vê lá que até escrevi a tinta invisível para não revelar, perante todos, o teu segredo!!!!!!!!

NON

Os Franceses decidem hoje o que pensam do TCUE e a Europa pára, de olhos fixos no hexágono, como se o seu futuro dependesse de um «oui» ou de um «non».

Não concordo com tal histeria, como não concordo com a participação de portugueses (bem como de dirigentes políticos de outros países) na campanha do «oui». Os franceses devem decidir em consciência e não porque Schroeder ou porque Zapatero lá vão apelar ao sim! Será que nenhum destes dirigentes percebe que, ou a Europa é feita pelos povos, ou então não vale a pena? A União Europeia jamais se poderá impor de cima, pelo poder político, contra a vontade dos povos! No dia em que assim for, em que a UE for imposta contra a vontade dos povos europeus, é o fim da Europa!

Sem saber ainda os resultados, estou convicta que a França votará não. Mas não votará não a um Tratado Constitucional que não conhece (afinal, quem conhece os seus 300 artigos?). Votará não ao alargamento, votará não à entrada da Turquia, votará não a uma Europa na qual a França tem cada vez menos voz, votará não a um mundo no qual a França praticamente já nada conta.

A França procura o seu lugar, ou melhor, tenta adaptar-se ao facto de já não ter lugar de destaque, nem na Europa, nem no mundo. E ao aperceber-se que a UE não servirá os seus sonhos antigos de hegemonia e de confronto aos EUA, desiste também dessa ideia e vota não. No fundo, o drama francês, que provavelmente se converterá num rotundo não ao TCUE, está intimamente relacionado com o papel (ou falta dele) da França no mundo.

O hexágono, quando há mais de 50 anos, pela voz de Robert Schuman, propôs a criação de uma União Europeia, acreditava que tal projecto seria liderado pela França e poderia, num futuro talvez não muito longínquo, formar os Estados Unidos da Europa, que seria o contra-poder aos EUA e à Rússia, num mundo então bipolar. A França nunca perdeu a ilusão de que poderia, de alguma forma, ser o rival europeu dos EUA e o grande motor de desenvolvimento da Europa. Durante 50 anos a França foi forçada a perceber que qualquer poder e influência que ainda tivesse foram sendo perdidos e que, neste momento, não passa de mais um Estado Europeu, ainda no grupo dos grandes, mas sem maior poder do que a sua vizinha Alemanha, agora reunificada e cada vez mais central (política e geograficamente) numa Europa que tende para os alargamentos a leste. É face a este estado de coisas que a França vota não.

Um voto que é mais contra a própria França (o que ela é hoje, no que ela se transformou) do que contra um qualquer Tratado Constitucional. Como muito bem dizia JPC, na última edição do Expresso, «(...) o estado actual da França é uma espécie de queijo indígena: esburacado e fedorento. Mas, «hélas», sem o sabor tradicional.»

O enjeitado

O défice, coitadinho, é o novo enjeitadinho de Portugal... (nós sempre gostámos destas histórias...)
Não há quem queira assumir a sua paternidade e, os supostos paizinhos, passam a culpa de uns para os outros porque ninguém quer assumir o 'pecado' cometido.
A última novidade nesta triste hitória do menino sem progenitores, foi-nos dada por Miguel Cadilhe que aponta Cavaco, ele mesmo, aquele senhor que aparece sempre com o seu ar professoral a dar lições sobre as virtudes da boa gestão pública, como o pai do monstrinho que, abandonado à nascença, foi apadrinhado pelo sempre piedoso Guterres, que lhe deu carinho e atenção e o mimou, engordando-o qual porco à espera da matança! Depois do tio Guterres, lá veio a madrasta má, de nome Manela, que condenou o monstrinho ao destino de borralheira... Foi, porém, ele salvo da sua triste e amargurada sina pelo príncipe Pedro, sempre pronto a dar a mão aos aflitos. Voltou a ser bem tratado e hoje, sob tutela do amigo Pinto de Sousa já sonha com em voltar ao seu velho explendor dos anos do guterrismo!
E nós, pobres portugueses, lá vamos sofrendo por causa do monstro sem pai!

A Justiça que temos

Vem no Expresso desta semana uma curiosa reportagem sobre o Relatório do Conselho da Europa com os números da (in)justiça, que nos permitem concluir que Portugal é o país Europeu com pior justiça!

Indo aos números, Portugal é, dos países Europeus (UE25), aquele que mais gasta em Justiça (mais só mesmo a Áustria, a Bélgica e a Eslovénia), dos que mais Tribunais tem por milhão de habitantes (aqui só ultrapassados pelos vizinhos Espanhóis e pela Eslovénia!), dos que mais funcionários judiciais emprega (mais do que nós só a Estónia, Malta e Eslovénia) e aquele que mais tempo leva a resolver um caso simples como seja um divórcio!

Cada um destes números, por si só, não seria uma catástrofe, bem pelo contrário. Uma boa ratio n.º de trinunais por habitante, bem como de juízes, pode significar celeridade e maiores gastos do Estado pode ser sinónimo de eficiência (faço esta afirmação com muitíssimas reservas*). Mas não! Tudo junto é uma verdadeira bomba relógio que transforma Portugal no país com a pior justiça da Europa.

O pior, no meio de tudo isto, é que eu nem desconfio da veracidade destes números. Como advogada estagiária (e da minha parca experiência) posso dizer que no mundo da justiça está quase tudo errado, a começar nos tribunais e a acabar na arcaica Ordem dos Advogados! E não há ministro da justiça ou governo que inverta a situação. O melhor que se aranja é mais uns milhões no orçamento do ministério o que, está à vista, não significa maior eficiência ou, dizendo de outra forma, melhor Justiça!

O problema do Ministério da Justiça não se resolve com Euros. Resolve-se pondo fim às corporações e aos privilégios, com uma administração baseada no mérito e na competência, em que só progridem aqueles que merecem. Passa por dar melhores condições aos Tribunais e por nos deixarmos de ilusões de modernidade como a informatização das secretarias judiciais que, em muitos casos, demoram meses a ler um email!

Não tenho o remédio milagroso para a Justiça mas sei que não é com as políticas que temos andado a seguir que melhoramos este estado de coisas. Também não sei bem que medidas concretas tomar, mas sei que talvez seja bom pormos os olhos naqueles que conseguem gastar menos e, ainda assim, ser mais eficientes na administração da justiça!

Olhemos para o Reino Unido, um caso paradigmático. Gasta muito pouco com o funcionamento dos tribunais e muitíssimo mais do que os seus parceiros Europeus no apoio às partes em litígio (e ainda dizem que França é o paradigma do Estado Social!). Paralelamente, tem uma das mais reduzidas ratio n.º de juízes/habitante e, ainda assim, consegue ter menos processos atrasados que Portugal!

Se depois de tudo isto ainda tiverem dúvidas, leiam o documento, aqui na sua versão inglesa.

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* Acho que isto explica porque é que eu não acredito nos milagres da despesa pública e porque acho que menos Estado é quase sempre sinónimo de melhor Estado. Afinal, nós somos bem capazes de ser dos países que mais gasta em saúde, em justiça e em educação e não somos, de todo, exemplo em nenhuma destas áreas! Mais € no OE não significam melhores políticas, e muitas vezes querem dizer mesmo o contrário, sendo sinónimo de desperdício, má gestão e, quantas vezes, até corrupção.

sábado, maio 28, 2005

Dia 2 de Junho

Este Blog vai fazer 1 ano. O seu primeiro ano de vida!

Foi um ano empolgante, tanto a nível pessoal como profissional, e até nacional (não é todos os anos que um Presidente demite um Governo com maioria aboluta)!

Tal acontecimento, caros amigos e conhecidos da Bloggosfera, é já na próxima 5.ª feira e estou a dar a notícia para que a vocês - a Bloggosfera - possam organizar uma imensa festa para o 1.º ano do SLIH, o melhor Blog de sempre!

Ainda não tenho o programa das festas, mas prepara-se algo em grande!

Terrorismo na Bloggosfera

O blog «Arroz Doce», cujo link estava aqui ao lado, na minha Bloggosfera Amiga, desapareceu. Ou melhor, foi indecentemente roubado à sua autora. Os textos escritos foram apagados, o template substituído, em suma, o blog assassinado!

Para mim, tal atitude é uma novidade. Já sabia que há quem goste de plagiar ou imitar, mas não sabia que a má fé chegava ao ponto de se roubarem blogs alheios.

Como leitora do «Arroz Doce» tenho muita pena que tenha desaparecido e que tenha sido substituído por nada. Como Blogger lanço o alerta para esta nova forma de 'terrorismo' que ao que parece vai dando os seus primeiros passos.

Quel Champagne êtes-vous ?

Um teste interessante. Façam e descubram que champagne são...

Eu fiquei com o Champagne d'Âme!


E quanto a franceses ficamos por aqui...

Para não me chamarem 'anti-francesa' primária, digo-vos que há certas coisas francesas (poucas!) de que gosto. E dessas poucas coisas, não gosto pouco, garanto! Desde logo o Champagne, que não há outro para além do francês. Depois, a moda. Se bem que seja verdade que os italianos estão cada vez mais à frente, o verdadeiro chic, o bcbg, é francês. Pode ter vários nomes, Dior, Yves Saint Laurent, Chanel, Lapidus, Balmain, Givenchi, Laroche ou Christian Lacroix... Nos acessórios, confesso que me mantenho 'fã' da Longchamps apesar da preferência estival pelas cores italianas!
Depois, temos Paris que seria quase perfeita se não fosse habitada por franceses (convenhamos que o é cada vez menos!)... Os Champs Elysées, a adorável Place Vendôme, o Meurice, o Louvre (que de nada precisa do mediatismo - e histeria - que lhe foi conferido pelo «Código Da Vinci»), o fantástico bairro de Saint-Germain des Prés... E, sem esquecer a grande vantagem que é estarmos a pouco mais de uma hora (pelo eurostar) de Londres! :)
Há também quem fale do romantismo de Paris e da beleza do francês. Discordo. Paris é demasiado fria e imperial para ser romântica e o francês perde toda a graça com os seus muitos 'r' e 'ui'! Mas, lá está, nem tudo é mau e salva-se o 'je t'aime' que, a bem da verdade, fica bem em quase todas as línguas menos na nossa!
E para que não digam que a inculta nem falou da música, aqui deixo Charles Aznavour...

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* Só por acaso a cantar em inglês. Por essa é que não esperavam!

sexta-feira, maio 27, 2005

Por falar em Pétain II

Famous quotes about the French:

"I would rather have a German division in front of me than a French one behind me." --- General George S. Patton

Q: Why does every army (except the U.S., England and Israel) have to have a French flag?
A: In case they want to surrender!

Q: Why do the French never perform “the wave” at a soccer game?
A: Because, that’s a gesture reserved for use only in time of war.

Q: What does a French military alliance and a French romance have in common?
A: Both are brief, sordid, and completely meaningless.

"As far as I'm concerned, war always means failure." Jacques Chirac, President of France. "As far as France is concerned, you're right." Rush Limbaugh

Raise your right hand if you like the French ... raise both hands if you are French.

Q: What's the difference between a Frenchman and a trampoline?
A: You take off your shoes before you jump on the trampoline.

The French have only one actual fighting war hero, Joan of Arc, and they turned her over to the enemy!

The last time France asked for more evidence, it rolled over them in Panzer tanks carrying the Nazi flag.

Q: What's the shortest book ever written?
A: French War Heroes.

Q: What is the first thing the French Army teaches at basic training?
A: How to surrender in at least 10 languages.

Q: What's the difference between 1943 and 2003? A. This time around, the Vichy government is telling the German puppets what to do.

Q: How did the French react to German reunification?
A: They put up speed bumps at the borders to slow down the Panzers

Por falar em Pétain...*

Breve resumo da história de França

Gallic Wars - Lost. In a war whose ending foreshadows the next 2000 years of French history, France is conquered by of all things, an Italian.

Hundred Years War - Mostly lost, saved at last by female schizophrenic who inadvertently creates The First Rule of French Warfare; "France's armies are victorious only when not led by a Frenchman."

Italian Wars - Lost. France becomes the first and only country to ever lose two wars when fighting Italians.

Wars of Religion - France goes 0-5-4 against the Huguenots

Thirty Years War - France is technically not a participant, but manages to get invaded anyway. Claims a tie on the basis that eventually the other participants started ignoring her.

War of Devolution - Tied. Frenchmen take to wearing red flowerpots as chapeaux.

The Dutch War - Tied

War of the Augsburg League/King William's War/French and Indian War - Lost, but claimed as a tie. Three ties in a row induces deluded Frogophiles the world over to label the period as the height of French military power.

War of the Spanish Succession - Lost.

American Revolution - In a move that will become quite familiar to future Americans, France claims a win even though the English colonists saw far more action. This is later known as "de Gaulle Syndrome", and leads to the Second Rule of French Warfare; "France only wins when America does most of the fighting."

French Revolution - Won, primarily due the fact that the opponent was also French.

The Napoleonic Wars - Lost. Temporary victories (remember the First Rule!) due to leadership of a Corsican, who ended up being no match for a British footwear designer.

The Franco-Prussian War - Lost. Germany first plays the role of drunk Frat boy to France's ugly girl home alone on a Saturday night.

World War I - Tied and on the way to losing.

World War II - Lost. Conquered French liberated by the United States and Britain just as they finish learning the Horst Wessel Song.

War in Indochina - Lost. French forces plead sickness, take to bed with the Dien Bien Flu

Algerian Rebellion - Lost. Loss marks the first defeat of a western army by a Non-Turkic Muslim force since the Crusades, and produces the First Rule of Muslim Warfare; "We can always beat the French." This rule is identical to the First Rules of the Italians, Russians, Germans, English, Dutch, Spanish, Vietnamese and Esquimaux.

War on Terrorism - France, keeping in mind its recent history, surrenders to Germans and Muslims just to be safe. Attempts to surrender to Vietnamese ambassador fail after he takes refuge in a McDonald's.


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É verdade, eu não gosto de Franceses em geral e nunca nenhum em particular me deu motivos para abrir uma excepção. Será defeito em série?

A Escala

Hoje passei a manhã numa escala - essas coisas que os advogados estagiários têm que fazer - e só isso bastou para perceber que, de facto, o Portugal que existe é muito diferente do Portugal que nós (eu!) imaginamos existir.

Primeiro ponto, o tribunal não tinha condições nenhumas para funcionar como tal. A sala do Advogado é horrível, tem uma alcatifa do tempo da Maria Cachucha, cheia de nódoas, para não destoar. Nessa sala não apenas ouvimos a música dos funcionários da Secretaria como as suas conversas que são do género: onde deixar os miúdos que hoje não têm escola, passando pela sogra está com uma crise de gota e o que vai ser para o jantar! (Vá lá, sempre serve para animar!)

Falando da escala, tenho que dizer que cheguei ao tribunal pontualmente às 9.30 e estive 2 horas e meia a olhar para o tecto. Ou melhor, só não estive porque levei o jornal (O Indy) e a Visão para ler. Quando acabei a leitura (incluindo o suplemento saúde no qual aprendi coisas tão importantes como a distinguir os vários tipos de melanomas ou que mentir até faz bem!) foi o código que me fez companhia (bem como a música da Anastasia e as conversas do lado!)

Devo confessar que também aproveitei o tempo para reflectir sobre as consequências do Não francês ao T.C.E.U., conclusões essas que, a breve trecho, serão publicadas num blog perto de si! ;) E ri a bom rir com a afirmação de Laurent Fabius, partidário do Não: «A França é feita de gente que não se deixa intimidar.» Pétain que o diga!

Eis senão quando, no meio do marasmo existencial que era aquele tribunal e das minhas considerações euro-atentas vêm chamar-me ao telefone porque noutro Tribunal, ali na zona, precisavam de uma advogada.

É aí que me apercebo que, possivelmente em nome do sacrossanto défice, quem faz escala no Tribunal Criminal também dá uma ' perninha' no Tribunal de Família e Menores e, na falta de parteiras, ainda é escalado para dar uma ajuda na Alfredo da Costa ! (Não faço ideia se, no turno da tarde, ainda podemos acumular funções com a recolha do lixo... Talvez (e se) quando o Carrilho for Presidente!)

Chegada ao Tribunal de Menores assisti à inquirição de um miúdo e mais não fiz do dizer 4 ou 5 palavras. De seguida passam-me para a mão a folhinha dos honorários. É que por isso, por 4 ou 5 palavras, o Estado (sim, esse mesmo, o monstro que não consegue controlar a despesa!) vai pagar-me! E o défice????????? Onde fica o DÉFICE??????????

Sic transit gloria mundi!

domingo, maio 22, 2005

E ainda...



E dança...

E há mais!



Que sabe manejar a espada...

Esta é p'ra ti, Isabel



Um cavalheiro...

Zorro



Isabel Allende escreve sobre Zorro e diz que, ao imaginar tal figura lendária, só lhe consegue dar a cara de António Banderas.

Este é um daqueles casos em que me apetece, mesmo, dizer; «O que tu queres sei eu

Unforgettable

Nat King Cole canta Unforgettable, com Natalie Cole...

Uma versão verdadeiramente inesquecível e inimitável!





Unforgettable, that’s what you are
Unforgettable though near or far
Like a song of love that clings to me
How the thought of you does things to me
Never before has someone been more

Unforgettable in every way
And forever more, that’s how you’ll stay
That’s why, darling, it’s incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

Unforgettable in every way
And forever more, that’s how you’ll stay
That’s why, darling, it’s incredible
That someone so unforgettable
Thinks that I am unforgettable too

Aviso!

Nos próximos dois milénios não me falem de futebol!

domingo, maio 15, 2005

Somewhere over the rainbow II

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«Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dreams that you dream of, dreams really do come true»

Na tal estrada de chão amarelo, todos os sonhos se realizam-se, que mais não seja por tanto acreditarmos neles! E na vida é igual!

Sonhar (desde que com os pés na terra) é bom. Faz bem. E, como dizia Sebastião da Gama, naquele que é o meu poema preferido, «Pelo sonho é vamos.» E é bem verdade...

«Pelo sonho é que vamos,
Comovidos e mudos.
Chegamos? Não Chegamos?
Haja ou não haja frutos
Pelo sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos,
Basta a esperança naquilo
Que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
Com a mesma alegria,
Ao que desconhecemos
E ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não Chegamos?
Partimos. Vamos. Somos

Somewhere over the rainbow *

Para ouvir:
Medley Somewhere Over the Rainbow, What a Wonderful World, Aselin Debison




Para ler:
Somewhere over the rainbow way up high
And the dreams that you dream of once in a lullaby
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dreams that you dream of, dreams really do come true

Someday I'll wish upon a star, and wake up where the clouds are far behind me
Where trouble melts like lemon drops
High above the chimney tops, that's where you'll find me
Somewhere over the rainbow bluebirds fly
And the dreams that you dare to, oh why, oh why can't I?

Well I see trees of green and red roses too,
I'll watch them bloom for me and you
And I think to myself, what a wonderful world

Well I see skies of blue and clouds of white and the brightness of day
I like the dark and I think to myself, what a wonderful world
The colors of the rainbow so pretty in the sky
Are also on the faces of people passing by
I see friends shaking hands saying,
How do you do?
They're really saying, I - I love you


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Esta é especialmente dedicada à minha querida amiga Inês (que mesmo não tendo BLOG para onde eu possa linkar, está já linkada no meu coração!) que me mandou esta música no outro dia!
E, amiguinha, se há quem acredite nos sonhos e num mundo mais bonito és tu!

sábado, maio 14, 2005

O Herdeiro

Lendo sobre os 'gossip' da sociedade, a gravidez de Letizia levou-me a duas curiosas reflexões , que entendo dever partilhar com os meus leitores.

A primeira é de natureza puramente social (ou de género, como preferirem), enquanto que a segunda se situa no plano constitucional.

Indo à primeira: a Constituição espanhola consagra a regra pela qual o herdeiro do trono será o filho varão e não o filho mais velho, no caso deste ser uma mulher. Esta regra, como é bom de ver, é completamente inexplicável no mundo moderno, no qual todas as barreiras entre homens e mulheres foram sendo quebradas e onde, cada vez mais, se fala na suposta 'igualdade' de género, tanto na política, como nos empregos e na educação.

Assim sendo, por que será que o rei de Espanha terá que ser sempre o filho do rei e não uma das filhas? Por que será que Filipe passa à frente das suas irmãs mais velhas?

É, exactamente, por causa destas interrogações que Espanha quer mudar a sua constituição, para que seja esta criança o futuro rei de Espanha, independentemente do facto de vir a nascer um menino, ou uma menina. De todo o modo, é aqui que entra o meu espírito jurídico (ou talvez seja o político... ou talvez o feminista... ou, talvez, apenas, a minha natureza pespireta!)... Se vão alterar a Constituição, e se o pretendem fazer já depois do nascimento da criança, por que será que a nova redacção se lhe aplica e não aos actuais herdeiros do trono? Será esta uma lei só parcialmente retroactiva? Não percebo!

Vejamos, ou a Constituição muda antes de a criança nascer e esta, no momento do nascimento, já se encontra legitimada pela sua nova redacção, ou, se mudar apenas depois do seu nascimento, e tiver nascido uma menina, esta encontrar-se-á na mesma situação das suas tias, as Infantas de Espanha.

Assim sendo, se quiserem dar à Lei Constitucional legitimidade retroactiva, na minha opinião, não podem restringir os seus efeitos à descendência do Príncipe Filipe, mas terão que o fazer a toda a descedência do Rei Juan Carlos e aceitar que seja a Infanta Helena a legítima herdeira do trono, já que é a filha mais velha dos reis!

E isto porque isso da igualdade é para todos e não só para o futuro bebé de Filipe e Letizia! Ou somos radicais, ou não somos. E, nesta questão, ser radical é, das duas uma, ou aceitar que a Lei Constituicional terá eficácia retroactiva e que, por isso, o Príncipe Filipe perde os seus direitos sucessórios para a Infanta Helena, ou que só valerá para o futuro e, consequentemente, só se aplicará à descendência do herdeiro do Príncipe Filipe.

A segunda reflexão prende-se com o processo de revisão constitucional em Espanha (o tal que vai fazer com que a alteração já só seja feita depois do nascimento da criança!) que obriga à convocação de eleições gerais e à aprovação da nova redacção da constituição por dois terços dos deputados, por duas vezes (uma antes e outra depois das tais eleições gerais).

O que é isto????? Um mecanismo para impedir que a constituição seja revista? Claro que sim! E é isso que eu não percebo. Em democracia é a constituição que serve os cidadãos e o Estado, e não estes que servem a constituição!
Tenho dito.

sexta-feira, maio 13, 2005

One day I'll fly away

I follow the night
Can't stand the light
When will I begin
To live again

One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
What more could your love do for me
When will love be through with me

Why live life from dream to dream
And dread the day when dreaming ends

One day I'll fly away
Leave all this to yesterday
Why live life from dream to dream
And dread the day when dreaming ends

One day I'll fly away
Fly fly away

quinta-feira, maio 12, 2005

Hapiness

Eis algumas boas frases sobre a felicidade!

«Sanity and happiness are an impossible combination»
Mark Twain

«Happiness is when what you think, what you say, and what you do are in harmony.»
Ghandi

«Sometimes your joy is the source of your smile, but sometimes your smile can be the source of your joy.»
Thich Nhat Hanh

«You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life.»
Albert Camus

«Action may not always bring happiness, but there is no happiness without action
Disraeli

E agora digo eu... a felicidade enquanto estado de espírito contínuo e ininterrupto não existe! Existem momentos felizes. E quanto mais procuramos teorizar sobre a felicidade mais infelizes somos. E nunca, mas NUNCA, devemos procurar explicar racionalmente a felicidade, porque esta não é para explicar, mas para aproveitar e viver!

Por isso, toca a ser felizes. A sorrir todos os dias, de manhã à noite. A dar boas gargalhadas, sonoras e contangiantes. A cantar quando nos apetece e a 'gritar' ao mundo quando estamos felizes.

E isto porque, embora seja verdade que a felicidade vem de dentro de nós, também é verdade que ela é altamente contagiosa!

Há 2 dias ...

... que não posto nada.
Pura falta de tempo, que nada tem que ver com falta de assunto!
E para que não me acusem de fugir ao caso do momento, que envolve dois ex-dirigentes do meu Partido - Nobre Guedes e Abel Pinheiro, a quem dou conta da minha solidariedade - aqui fica a minha opinião (não obstante o caso merecer uma análise mais aprofundada que agora não posso fazer): não me parece que este caso faça muito sentido e, mais uma vez, a montanha irá parir um rato...
E, apesar da falta de tempo e das toneladas de trabalho, estou francamente bem disposta! Posso mesmo dizer que, apesar de uma chatice aqui e outra ali, estou feliz, o que é difícil conseguirmos dizer. Mas a verdade é que estou. E isto porque:
«Happiness is nothing more than good health and a bad memory

segunda-feira, maio 09, 2005

60 anos depois

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Comemoraram-se hoje, em Moscovo, os 60 anos sobre o fim da II Guerra Mundial e sobre a vitória aliada.

Há 60 anos soldados russos hasteavam a sua bandeira no Reichstag, e se tal imagem significava o fim de um Regime totalitário e sangrento, marcava o início de um outro, não menos totalitário e não menos sangrento.

A entrada dos soviéticos em Berlim não apenas significou o fim da II Guerra Mundial como também marcou o início da Guerra Fria e da opressão de vários povos na área geográfica que ficou conhecida como Cortina de Ferro. Talvez por isso os estados Bálticos se tenham recusado a estar presentes nas comemorações de hoje, porque, se é verdade que Moscovo foi fundamental à queda do Nazismo, é também verdade que, por onde passou, não trouxe uma verdadeira libertação mas a substituição de um regime totalitário por outro.

É por isso que me custa ver estas comemorações em Moscovo. Entendo que seria mais lógico e menos fracturante fazê-las em Berlim, palco privilegiado de todos os eventos da II Guerra Mundial.

De todo o modo, o importante é celebrar esta data pelo que ela representa em termos de vitória da legalidade e dos direitos do homem sobre a tirania, o totalitarismo e as monstruosidades do regime Nazi. E é por isso que hoje é um dia feliz para a Europa e para o Mundo.

Kingdom of Heaven

«Kingdom of Heaven» não será um filme tão fantástico como «The Gladiator» mas também não desilude. Cumpre o seu papel de entretenimento e fez-me sair do cinema com vontade de saber mais sobre as cruzadas e sobre a história de Jerusalém.

Para além de, e apesar da polémica que tal tema provoca, confirmar que Orlando Bloom fica muito melhor sem cabelo louro e orelhas bicudas (e, já agora, com a espada em vez do arco e flecha!)


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E lá vamos às respostas...

E eis que o questionário me chegou...

Não podendo sair do Fahrenheit 451, que livro quererias ser?
Se fosse um livro seria, como é óbvio, as minhas memórias, que um dia irei escrever e serão o maior sucesso literário do século XXI!

Já alguma vez ficaste apanhadinho por uma personagem de ficção?
Claro que sim! Aí por volta dos 10 anos andei apanhadinha pelo David de «Os Cinco» (o moreno, mais rebelde!) e mais tarde, lá pelo 13 anos, foi a paixão absoluta pelo King Arthur. Aquela história de ser Rei Supremo, invencível e matar ‘resmas’ de saxões sempre me deu a volta à cabeça... para além de Camelot ser o meu sítio ideal! (E confesso que apanhar Sir Sean Connery a fazer de King Arthur não ajudou!)

Qual foi o último livro que compraste?
«A infanta e o pintor» e «Harry Potter and the Half Blood Prince», encomendado na Amazon para o ter no dia 16 de Julho (e pronto, sem vergonha ou pudor, confesso que sou fã do Harry Potter!)

Que livros estás a ler?
«The Queen’s Fool» de Phillipa Gregory


Que livros (5) levarias para uma ilha deserta?

Das duas uma, ou 5 livros que nunca li, ou os 5 livros da minha vida. Ou, talvez, 5 manuais práticos:

1. Como sobreviver numa ilha deserta
2. Como sair de uma ilha deserta
3. Como fazer tudo sem meios
4. Manual da sobrevivência em todas as circunstâncias
5. Como não desesperar se tudo o que leu nos outros manuais não o tiver ajudado

A quem vais passar este testemunho (3 pessoas) e porquê?
Sinceramente? Não sei! Tem que ser gente que goste de ler e que tenha um blog... vou pensar no assunto! Talvez o meu 'noivo' seja uma primeira vítima à maneira!

domingo, maio 08, 2005

E para hoje...

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Com Orlando Bloom, Liam Neeson, Jeremy Irons e a garantia de qualidade de Riddley Scott!


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E, na minha opinião, o rapaz fica bem melhor moreno e como guerreiro do que como o Elfo louro da trilogia LOTR!

Capitão América?

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Sobre os Think Tanks e a Fundação de Portas veja o indispensável UGAD!

E agora para as leitoras do SLIH...

Ontem fui ver o Sahara e, embora todas aquelas peripécias pareçam pouco plausíveis (e sobretudo pareça impossível alguém escapar vivo de tantas perseguições, emboscadas e tentativas de assassinato), a verdade é que o resultado final é bastante agradável! São duas horas de puro entretenimento com muita adrenalina à mistura e com o fantástico Matthew McConaughey.

Seguindo uma velha tradição da casa, aqui fica para as leitoras do SLIH...*

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* Outro filme com o qual fiquei muito bem impressionada foi o Mr. and Mrs. Smith com Brad Pitt e Angelina Jolie. Fica na lista dos que quero ir ver!

O grande clássico SLIH

E já que falamos em clássicos SLIH, este é talvez o maior clássico de todos! Clássico que não consigo ouvir sem me lembrar, de imediato, das boleias do Nuno e da nossa cantoria em coro com o Francisco!
Como diz outra canção do vintage nacional, «e recordar é viver»...




Mais música

Durante o fim de semana, cá venho assegurar os serviços mínimos, dando música aos leitores (no caso ouvintes) do SLIH. E desta feita deixo um "clássico SLIH" que já há muito tempo tentava conseguir pôr a tocar aqui em casa... Pois então oiçam!

sábado, maio 07, 2005

Regresso à infância



Nas minhas buscas na net, encontrei esta música que acho que faz parte do imaginário de muita gente da minha geração! Eis o Sítio do Picapau amarelo!


Feel

Para os olhos:


Para os ouvidos:


Para os sentidos:
Come and hold my hand
I wanna contact the living
Not sure I understand
This role I've been given
I sit and talk to God
And he just laughs at my plans
My head speaks a language
I don't understand

I just wanna feel
Real love fill the home that I live in
Cos I got too much life
Running thru my veins
Going to waste
I don't wanna die
But I ain't keen on living either
Before I fall in love
I'm preparing to leave her

Scare myself to dead
That's why I keep on running
Before I arrive
I can see myself coming
I just wanna feel
Real love fill the home that I live in
Cos I got too much life
Running thru my veins
Going to waste
And I need to feel
Real love and the love ever after
I can not get enough

I just wanna feel
Real love fill the home that I live in
I got too much life
Running thru my veins
To go to waste

I just wanna feel
Real love and the love ever after
There's a hole in my soul
You can see it in my face
It's a real big place

Come and hold my hand
I wanna contact the living
Not sure I understand
This rope I've been given
Not sure I understand
Not sure I understand
Not sure I understand
Not sure I understand

Amor e Sexo, by Rita Lee





Amor é um livro, sexo é esporte
Sexo é escolha, amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela, sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa, sexo é poesia

O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão, sexo é pagão
Amor é latifúndio, sexo é invasão
Amor é divino, sexo é animal
Amor é bossa nova, sexo é carnaval

Amor é para sempre, sexo também
Sexo é do bom, amor é do bem
Amor sem sexo é amizade
Sexo sem amor é vontade
Amor é um, sexo é dois
Sexo antes, amor depois

Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
Amor é cristão, sexo é pagão
Amor é latifúndio, sexo é invasão
Amor é divino, sexo é animal
Amor é bossa nova, sexo é carnaval

Amor é isso, sexo é aquilo
E coisa e tal, e tal e coisa...
Ai, o amor...
Hum, o sexo...

E agora vamos à música



Quebrando com a tendência «Rat Pack», aqui está uma das minhas preferidas do grande Elton John, «Goodbye Yellow Brick Road»:


«Confissões de uma estagiária»

Este bem que podia ser o título de um filme ou de um livro (talvez aquele que um dia escreverei!) mas por enquanto é tão só um post de justificação de faltas sistemáticas (será que tenho reservado um bloggosférico chumbo no fim do ano?) ...
Esta vida de estagiária, meninas e meninos, não é fácil! Acreditem ou não eu já tenho saudades das noitadas a estudar (que, no fim de contas, na pior das hipóteses seriam 10 por ano - média razoável para uma aluna que sempre preferiu guardar o sprint para a recta final!), dos dias na biblioteca passados entre os livros e as descontraídas gargalhadas no bar ou nos corredores, do stress da saída de uma nota que só me comprometia a mim e cujos méritos também eram exclusivos meus!
Saudades da saudável irresponsabilidade pontuada, de vez em quando, pelos stresses dos exames que acabavam sempre por, no final, correr bem, mesmo quando corriam mal!
E agora, que começo a receber as fitas dos amigos que este ano acabam o curso, sinto imensas saudades dos meus tempos de aluna... e penso como, há um ano, estava enganada quando pensava que estava farta da faculdade e queria começar a trabalhar à séria! É que, visto à distância, com o melhor filtro daquilo que é importante e totalmente irrelevante - o TEMPO - sei que os meus últimos anos de faculdade foram dos mais divertidos que há! A leveza, o descomprometimento, alguma irresponsabilidade, a confiança na sorte e na inteligência - em detrimento, muitas vezes, do estudo aprofundado das questões! Era bom, não era?
E agora é tudo diferente. No mundo do trabalho não nos pedem nada à excepção de uma coisa -PERFEIÇÃO. Perfeição material e perfeição formal. Atenção a tudo e responsabilização máxima. Nada de confiar que na oral o Professor não vai perguntar nada da página 460 em diante. Nada de achar que, com uma luzes, consigo responder ao exame e safar-me com um surpreendente 14! Isso acabou!
Agora é a sério e se isso custa é, exactamente, pelo mesmo motivo que crescer também custa (as tais das dores de crescimento!). E acreditem que deixar para trás a vida de estudante e começar a trabalhar, por incrível que pareça, é também um marco (talvez um dos mais definitivos) na passagem da 'adolescência' à idade adulta, embora ocorra por volta dos 22 ou 23 anos! Já repararam como há pequenos indícios que demonstram isso mesmo? A maneira de vestirmos - antes de trabalharmos alguma andávamos sempre com calças 'à senhora' ou com sapatos 'xpto' ou de fato? -, o facto de sermos tratados, de repente e a despropósito, como 'a Drª' e 'a senhora' quando até aí eramos a Beatriz, a Maria, a Inês ou a Filipa ou, simplesmente, ' a menina', ou até a maneira como temos que passar a falar e a forma como nos devemos comportar?
Se querem saber a minha opinião, isso de crescer é uma grande chatice, mas é daquelas chatices pelas quais todos passamos. E como não temos escapatória e não queremos ser uns retardados mentais - sim, porque Neverland não existe e o Peter Pan é um caso isolado - temos que aprender a lidar com a responsabilidade da nossa nova idade adulta e saber daí retirar as vantagens. Mas para isso precisamos de um tempo de habituação às novas 'funções' - que, ainda por cima, vieram para ficar, porque uma vez declarados adultos só o deixamos de ser quando de velhos tornarmos a meninos (!).
Enfim, isto tudo para dizer que a minha presença na Bloggosfera tem perdido por causa desta minha nova vida de «estagiária» que, até tem sido interessante, para além de bastante preenchida! E o Blog ressente-se mas mantém-se como o meu 'jardim infantil' privativo no qual não sou nem 'Drª' nem senhora, no qual para entrar não é preciso nenhum dressing code especial e no qual digo tudo o que me apetece! É por isso que eu gosto muito do meu SLIH, que deve mesmo ser irreverente, gostem ou não! Aliás o lema do SLIH foi e será sempre «Some like it hot and some like it not». Eu fiz a minha escolha!

sexta-feira, maio 06, 2005

Face à vitória de Tony Blair

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* recebido via email



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Hoje de manhã, ao vir para o e escritório passei pela Rua de São Bento e quem é que eu vi? Três deputados do Bloco de Esquerda! Haverá melhor forma de começar o dia?

terça-feira, maio 03, 2005

Ainda o Google

Depois dos links d ' «O Acidental» só mesmo isto para me fazer sair da minha crise de identidade bloggosférica:

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Se há alguém que entra no meu Blog ao fazer uma pesquisa pelo nome de um dos melhores políticos portugueses - Paulo Portas - é porque o SLIH vai bem e recomenda-se!
Enfim, é destes pequenos momentos que se faz uma existência bloggosférica feliz!

E eis que a Bloggosfera é testemunha...

do primeiro noivado bloggosférico da história da humanidade...

E agora Diogo, onde será o casamento, na minha casa ou na tua?

Todas as cartas de amor são ridículas

Ao meu noivo que hoje, tão ternurento, me dedicou um soneto de Camões, aqui vai uma canção do Sinatra (eu sei que ando numa de Rat Pack!). Não será tão romântica e profunda como «O Amor é fogo» mas é 'cool' e fala de 'love at first sight', o tal que todos gostamos de acreditar que existe...


Strangers in the night exchanging glances
Wond’ring in the night
What were the chances we’d be sharing love
Before the night was through.

Something in your eyes was so inviting,
Something in you smile was so exciting,
Something in my heart,
Told me I must have you.

Strangers in the night, two lonely people
We were strangers in the night
Up to the moment
When we said our first hello.
Little did we know
Love was just a glance away,
A warm embracing dance away and -

Ever since that night we’ve been together.
Lovers at first sight, in love forever.
It turned out so right,
For strangers in the night.

segunda-feira, maio 02, 2005

A desperate housewife

No jantar anual com a comunicação social, Laura Bush resolveu surpreender tudo e todos (George W. Bush incluído) e brindar os presentes com um curiosíssimo discurso.*
Para além de ficarmos a saber que o Presidente entende que todos os problemas do Rancho se resolvem com a serra eléctrica (sic) e que é por isso que se dá tão bem com Cheeney e Rumsfeld (sic), ficámos a saber que uma das principais diferenças entre W. Bush e Laura é que ela sabe pronunciar «nuclear».
De todo o modo, só para ver Barbara Bush comparada a Don Corleone, o discurso já valia a pena!
Conclusão: o que não faz uma «dona de casa desesperada»!

domingo, maio 01, 2005

O fabuloso Google

Ainda há gente a entrar no meu Blog por causa do Priorato do Sião. De facto, o Dan Brown encontrou um filão de ouro inesgotável!