segunda-feira, fevereiro 21, 2005

O Caminho Certo

Cedi à onda de esquerda e num dia de trabalho, acordei às 11.30, e às 11.50 estou na cama a escrever num Blog e a ouvir a Opinião Pública da Sic, ao invés de estudar, trabalhar ou fazer qualquer coisa útil ao meu país. Não fosse o meu pijama ser de uma cor normal e absolutamente nada alternativo, e a bandeira do CDS à cabeceira, e sentir-me-ia verdadeiramente bloquista!

Daqui por uns minutos, depois de já ter honrado a vitória socialista/bloquista, vou levantar-me e fazer o que as pessoas de DIREITA fazem: vou ESTUDAR para o meu próximo exame na Ordem dos Advogados, Prática Processual Civil, para ter uma BOA NOTA e, assim, progredir na MINHA PROFISSÃO, com o MEU MÉRITO, e com as minhas PROVAS DADAS. É a marca CDS que se afirma cada vez mais em todos nós, na nossa vontade de sermos os MELHORES, COMPETENTES nas nossas profissões, CAPAZES de fazer o que temos que fazer e fazer BEM, CUMPRIDORES dos nossos deveres.

Podia optar por não fazer nada disso. Podia ficar em casa, a aguardar o mais que provável chumbo, e depois ir bater à porta do Senhor Engenheiro Técnico Pinto de Sousa (mais conhecido como Eng. Sócrates) a pedir um dos 150.000 postos de trabalhos que ele irá criar! Podia não fazer nada, não investir na minha formação, não tentar ser a melhor no que faço, não querer ser uma profissional competente. Ser o exemplo acabado da inutilidade e esperar que o Estado me desse o Rendimento Mínimo Garantido e um dos tais empregos que, já agora, pedia que fosse do género entra às 10 sai às 5!

Mas não! Não desanimo e continuo a fazer o meu caminho. O caminho certo. O caminho do TRABALHO e da COMPETÊNCIA!




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PP: este post originalmente tinha o título «Cedi à onda de esquerda...» mas atendendo à sugestão do Crack, decidi mudar. Assim o Post ganha um título fortemente optimista e virado para o futuro!

11 comentários:

crack disse...

Este post deveria ter por título - o caminho certo.
Renascer das cinzas pelo trabalho, pelo esforço, por uma vontade indomável de chegar sempre mais longe, de fazer sempre melhor - é assim que precisamos que a nossa juventude pense. Tudo o resto virá por acréscimo.

Anônimo disse...

Cuidado minha menina, olhe que ofender os demais dá azo a muitos problemas... só quem é do CDS é que trabalha? Ora pois, já estamos esquecidos das cabulas todas...

Anônimo disse...

Quem a conhece vê logo à custa do que passou...

Anônimo disse...

Por acaso, é uma grande verdade que até se vê logo como ela passou.
Quem a conhece sabe que foi com uma inteligencia brilhante, com trabalho e com esforço.
E só quem não a conhece pode falar de cábulas ou de passagem por favor. Aliás, nem nunca foi de 'passar' que se tratou. Foi sempre passar com distinção e com notas brilhantes!

Anônimo disse...

Minha querida SLIH,
Só alguém que não te conhece poderia insinuar que os resultados brilhantes que sempre conquistaste com tanta inteligência e com tanto trabalho e empenho são fruto de cábulas!!! Ridículo!
Beijo grande amiga!
Joana

DM em Caracas disse...

Caro anonymous lá de cima,
Quem já tirou um curso de Direito sabe bem que as cábulas de nada servem em Direito.
Claro que ter o código devidamente anotado com umas remissões e coisas do género é essencial, mas não é isso que vai fazer passar ou chumbar quem quer que seja.
Muito menos será isso que vai dar a quem quer que seja uma média de 15 na UCP, com orais e tudo o mais à mistura.
Por isso, caro anonymous, quando fizer críticas rasteiras, veja lá bem a quem as faz.

crack disse...

Antes de analisar aos comentários do(s) anónimo(s) das 9.54 e 9.56 há que fazer um ponto prévio e distinguir o essencial do acessório.
Assim:
- ponto prévio: a proximidade temporal, bem como o «reforço» que o segundo comentário aparentemente vem fazer ao primeiro, parecem induzir a conclusão de que os dois comentários são feitos pela mesma pessoa; talvez seja assim, porque, após uma leitura atenta, constata-se que o primeiro comentário faz uma velada ameaça («ofender os demais dá azo a muitos problemas...») e refere as cábulas como um indício de que o trabalho feito não terá sido meritório, abrindo assim caminho ao segundo comentário, este já claramente ofensivo, e duplamente, porque invoca o conhecimento da pessoa para sancionar a ofensa à honra, que deixa nas entrelinhas; ora pode não ser exactamente assim, porque há um tom de certa forma paternalista no primeiro, que poderia justificar uma maliciosa referência a cábulas, mas que não «casa» com as insinuações mais «pesadas» do segundo comentário. Esta reflexão apenas se justifica porque, apesar do que fica dito atrás, vou tomar os dois comentários em conjunto, como sendo da mesma pessoa, ou de pessoas que se complementam, para a minha resposta.
- o acessório: são as referências à ofensa aos demais e a pergunta sobre se só as pessoas do CDS trabalham; só lá estão para «legitimar» a ofensa com que se queria atingir a autora do blogue; a menção a cábulas, que apenas abriu o caminho ao comentário seguinte.
- o essencial: a ameaça, já atrás referida; a referência ao conhecimento da autora do blogue; a insinuação feita no segundo comentário.
Começando pelo que é essencial, no acessório dos comentários em análise: como diz o povo, quem anda à chuva molha-se. No post diz-se, muito claramente, que preguiçar, não investir no trabalho sério e na determinação absoluta, recorrer às benesses do Estado em vez de batalhar pela vida, são procedimentos da esquerda e do bloco. Não podemos ser maniqueístas. Nem toda a esquerda é assim, há excepções, raras, mas existem; porque existem, o post não as deveria ter esquecido. Obviamente que o post tem implícito, ou parte daquilo que é uma evidência para qualquer observador que tenha um mínimo de rigor e de honestidade intelectual – desde o 25 de Abril, a direita teve que percorrer um longo caminho, em que muitas foram as vezes em que a sobrevivência física e a segurança pessoal estiveram em causa, e em que aqueles que assumiram, com frontalidade, as suas opções políticas tiveram que trabalhar o dobro, valer o triplo, batalhar cem vezes mais, para obter aquilo que «herdeiros» da esquerda obtinham sem esforço, sem mérito e sem honra. É compreensível que alguém de direita escreva isto no rescaldo de umas eleições que demonstram que este país não resolveu, ainda, alguns dos traumas anteriores, e posteriores, à revolução de Abril, como os comentários em análise vêm, sem dúvida, confirmar. Recém obtida a vitória da esquerda, já se ameaça, já se acusa, já se quer silenciar a voz incómoda e contrastante. Isto (já) está perigoso.
Prosseguindo com o essencial, no que é o essencial dos comentários que já todos sabemos estar a referir: as pessoas tendem a julgar os outros por si próprias. Foi apenas isto que motivou o que nos comentários é ofensivo.Se quem escreveu conhece a autora do blog, só pode saber que na vida, a começar pela vida ela mesma, nada lhe foi dado de bandeja, embora assim possa parecer a quem se limita a observar a partir dos parâmetros próprios. Tudo o que tem o deve ao trabalho, duro e honrado, primeiro da família, depois de si própria. No estudo, foi-lhe exigido empenhamento, trabalho, rigor e excelência; cumpriu, até ao limite do seu esforço e capacidade; os bons resultados que obteve só são importantes na medida em que reflectem o esforço feito. No trabalho, nem lhe foi solicitada cumplicidade política, muito menos subserviência a projectos pessoais ou partidários; foi-lhe exigida competência e serviço público, cumpriu, com qualidade e isenção. No trabalho de advogada estagiária, ao qual foi chamada por mérito académico, totalmente independente de qualquer simpatia política(honra se faça ao empregador, porque aqui poderia ter funcionado a antipatia), os objectivos e as metas são sempre os mesmos: fazer o melhor que sabe, sempre melhor, com o máximo empenhamento, responsabilidade, lealdade e zelo.
Conclusões desta análise:
- quem escreveu os comentários não conhece, de todo, a pessoa de quem falou
- quem escreveu os comentários é de esquerda e sente-se já suficientemente confiante para proferir ameaças contra quem se afirma de direita
- quem escreveu os comentários é alguém que não conhece outro meio de singrar na vida que não sejam meios ilícitos: a batota, o nepotismo...
Finalmente, constata-se que quem escreveu os comentários não mereceria a atenção que mereceu, se deste episódio não se pudesse tirar uma conclusão preocupante: se alguma da esquerda vencedora está hoje, infelizmente, tão radical como há trinta anos atrás, de nada nos serviu a democracia! Triste país este.

Anônimo disse...

Caros... quem escreve é o anónimo do primeiro comentário, e apenas para dizer que sou alguem que privou de perto durante vários anos com a autora deste blog e alguém que ouviu por várias vezes a indignação de colegas da mesma ao comentarem o tipo de alpinismo da referida...

Se calhar conheço-a melhor que muitos de vós... desde pequena.

BSC disse...

Ao anónimo(a) lá de cima e aqui de baixo, deixo um desafio: já que me conhece (o que só pode acontecer porque, de forma frontal, eu assumo quem sou e aquilo em que acredito) deixe-me conhece-lo(a) também. Assine o que escreve.

Quanto ao resto, críticas rasteiras, e anónimas, não afectam quem tem a consciência tranquila e quem sabe exactamente como SEMPRE atingiu os seus objectivos: com trabalho e com esforço.

Comigo sempre foi assim. Nada me foi dado por nenhum outro motivo que não a prova, sistemática, de capacidade e de empenho. Na escola, no trabalho, na política e na vida! Por isso continuo a ser a pessoa que sempre fui: independente e livre!

Quem quiser ver compadrios, nepotismos ou outras formas de alpinismos, que veja. É livre de o fazer. Mais 'oposição' não farei para além da que é feita pela verdade dos factos, que falam por si!

Graças a Deus, antes de mim, muitas outras pessoas aqui disseram o que pensam e manifestaram a revolta perante insinuações de baixo nível.

Quando chegamos à insinuação, à ameaça é porque, de facto, a razão não nos assiste e não há argumentos válidos a utilizar!

Francisco X. S. A. d'Aguiar disse...

Ao anónimo do primeiro comentário,
O facto de conhecer e bem (segundo diz) a SLIH e escudar-se por detrás de um confortável anónimo para desferir ataques inqualificáveis e não fundamentados dá-lhe um estatuto fantástico - o de cobarde. E a partir daí, as suas intervenções passam a ter o peso que têm - zero!

Anônimo disse...

Mas não percebo!! Se o amigo anónimo diz que conhece a Bi assim tão bem (e desde pequena), deverá saber reconhecer o seu mérito melhor que ninguém!! A não ser que esteja a fazer confusão com outra Beatriz...