Leio por aí, na bloggosfera, muita gente que sabiamente diz que o ano novo não faz muito sentido porque, na verdade, a vida é uma continuidade que não precisa de ciclos inventados.
De certa forma concordo com este pensamento. Realmente, a minha vida não muda porque passámos de 2005 para 2006, ou porque deixámos de estar em Dezembro e começou Janeiro. No entanto, o ser humano precisa de ciclos, precisa de ter a noção do tempo para se auto-organizar. É por isso que existem as horas, os dias, as semanas, os meses, as estações, os anos... Porque tal como a natureza, nós também temos os nossos ciclos, o continuo recomeçar e renascer. Como a lua, as marés, as flores... toda a natureza tem os seus ciclos, e nós também os temos!
O que seria se pura e simplesmente abolissemos todos os ciclos? Viveriamos toda a vida num longo dia... que tédio!
Eu assumo que gosto de convenções e que gosto dos ciclos criados. Todas as semanas adoro a passagem de sexta-feira para sábado... todos os dias fico irritada só por saber que já são 8 da manhã e tenho que saltar da cama... todos os anos fico feliz só por entrarmos em Setembro e faltarem apenas 15 dias para os meus anos!
Preciso destes ciclos e destes rituais... para ter o meu equilíbrio e para me organizar. O que seria da minha vida sem dias ou sem anos? Teria nascido algures na fracção 897.786.975.726.986.627.947.847.352.163.983.246.167, o que convenhamos, não teria graça nenhuma! A única vantagem seria não fazer anos e consequentemente não envelhecer no BI... mas o que é isso perto dos presentes, da festa, das atenções e mimos que todos os anos recebemos no nosso dia????
Por tudo isto, vivam os ciclos, todos! Desde o segundo até ao milénio. E, viva o ano novo!!!!!!!!
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* Imagem roubada ao Crackdown, outro céptico do ano novo!
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