A organização dos papéis de um mês de mestrado e a rearrumação dos relatórios da Ordem, para a oral, foram o mote para dar a volta a toda a papelada que tinha no meu quarto. E era muita.
Eu não sou daquelas pessoas saudosistas que guardam tudo em gavetas ou em dossiers, devidamente etiquetados. Sou mais do género desarrumado que deixa papéis perdidos dentro das carteiras e que quando chega de viagem não tem paciência para escolher o que é útil guardar e o que deve ir para o lixo.
Assim sendo, vão-se acumulando papéis na secretária e nas gavetas. Contas, cartas, postais, bilhetes de avião, de combóio, de metro ou de autocarro (estes últimos anteriores à minha redescoberta do passe!), documentos, comprovativos do IVA, facturas, recortes de jornais, fotocópias ou impressões de artigos a ler e a guardar, folhas as conferências da ordem com textinhos escritos no verso, recados, enfim, fragmentos de dias já passados.
Assim sendo, arrumar a papelada é sempre uma viagem ao passado e um reviver das recordações através de bocadinhos de papel. E é sempre um exercício de domínio da sentimentalidade, porque só fica o que é importante e útil. Tudo o resto vai embora para dar espaço aos novos papéis e fragmentos dos dias por vir!
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