Nomeado para 6 Oscars, o filme The Queen, retrata, com inegável mérito, os dias que se sucederam à morte da Princesa Diana, as suas implicações para Inglaterra e para a Família Real.
Uma interpretação notável de Helen Mirren, como rainha, e um argumento que mostra que, de facto, as verdadeiras rainhas são rainhas de Nações e não de revistas cor-de-rosa ou de corações!
Neste filme, tudo gira em torno de dois conceitos pouco em voga no mundo actual: TRADIÇÃO e SENTIDO DO DEVER. O drama pessoal, a tragédia, as sondagens, a histeria colectiva, as histórias cor-de-rosa, mais não são do que parte do mundo da fantasia onde vivem as Pop Stars e as Estrelas de Cinema e que nos preenche o imaginário colectivo. Diferente disso, porém, é o mundo da política e do Estado. Mundo em que uma rainha terá, necessariamente, que estar acima de modas, de sondagens e de sentimentos. Uma rainha representa uma Nação, e com ela séculos de História e de Tradição. E este filme é irrepreensível na abordagem que faz entre o conflito permanente entre a Tradição e uma suposta ideia de Modernidade, e entre o sentido do dever e as sondagens de opinião!
Assim sendo, na minha opinião, The Queen tem o mérito de ter um fabuloso argumento e uma impecável interpretação de Helen Mirren (merece, pois, estes dois Oscars, sem regatear) mas não será o Melhor Filme do Ano!
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