Ontem foi inaugurado o Museu Berardo, entre críticas e ataques trocados entre Joe Berardo e Mega Ferreira, mas não é isso que me faz escrever sobre o evento. Infelizmente essas picardias já são normais em Portugal.
Também não escrevo sobre o museu, a qualidade da colecção ou a sua importância. Obviamente que ter uma colecção de arte contemporânea da dimensão da colecção Berardo é fundamental para colocar Lisboa nos roteiros culturais mundiais, obviamente, também, que cada vez mais a (boa) oferta cultural de uma cidade é decisiva para fazer dela um pólo turístico atractivo.
Porém tudo isso fica para trás perante os números dos visitantes que o Museu recebeu nas suas primeiras horas. Chocam e deixam-nos perplexos. Será que os lisboetas que nunca entraram no Museu do Chiado ou no Museu de Arte Antiga, de repente, sem que nada acontecesse, se começaram a interessar pela arte? Não! O que acontece é um fenómeno provinciano típico: "é novo, é à borla e ainda por cima está lá a televisão e os 'notáveis', então vamos!". Os lisboetas não ficaram mais interessados em museus nem mais despertos para a oferta cultural da cidade. Infelizmente continuarão a preferir uma tarde no Colombo a uma tarde na Gulbenkian. Tudo dentro da normalidade, portanto!
Também não escrevo sobre o museu, a qualidade da colecção ou a sua importância. Obviamente que ter uma colecção de arte contemporânea da dimensão da colecção Berardo é fundamental para colocar Lisboa nos roteiros culturais mundiais, obviamente, também, que cada vez mais a (boa) oferta cultural de uma cidade é decisiva para fazer dela um pólo turístico atractivo.
Porém tudo isso fica para trás perante os números dos visitantes que o Museu recebeu nas suas primeiras horas. Chocam e deixam-nos perplexos. Será que os lisboetas que nunca entraram no Museu do Chiado ou no Museu de Arte Antiga, de repente, sem que nada acontecesse, se começaram a interessar pela arte? Não! O que acontece é um fenómeno provinciano típico: "é novo, é à borla e ainda por cima está lá a televisão e os 'notáveis', então vamos!". Os lisboetas não ficaram mais interessados em museus nem mais despertos para a oferta cultural da cidade. Infelizmente continuarão a preferir uma tarde no Colombo a uma tarde na Gulbenkian. Tudo dentro da normalidade, portanto!
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