Em França, o caso político com que o Le Monde abre a sua edição online é o caso da separação entre Hollande e Royal, o casal medíatico do PSF, composto pelo Primeiro Secretário do partido socialista e a candidata presidencial derrotada.
Este caso, porém, mais não é do que um caso político, por muito que a imprensa lhe queira dar outros contornos. Pragmáticos, Hollande e Royal, estiveram juntos enquanto lhes foi mutuamente vantajoso, em termos políticos, o consórcio. Acontece que os interesses individuais muitas vezes são opostos ao interesse da equipa e, como tal, esta desfaz-se. Neste momento, Royal tem ambições que não lhe permitem continuar 'agarrada' a Hollande. Assim sendo, a senhora desfaz a banda e segue carreira a solo. Qual aranha, que mata e come o macho depois do acasalamento, também Royal 'mata' e 'come', politicamente, Hollande ao manifestar a sua vontade de conquistar a liderança socialista no mesmo momento em que assume a separação!
No entanto, o bom povo fica entretido com o lado cor-de-rosa pálido da história, fantasiando sobre os mistérios de alcova, não prestando atenção ao que verdadeiramente importa: a ambição da senhora Royal em se tornar a líder dos socialistas franceses, procurando ganhar terreno para as próximas presidenciais e o que isso pode representar!
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