Porventura não como uma bola de berlim há mais de 10 anos. Nunca achei piada a come-las sem ser entre um mergulho e outro, na areia, servida por um dos senhores dos cestinhos de palha que não usava luvas nem pinças, mas que tinha as melhores bolas de berlim do mundo!
Para mim a bola de berlim faz parte do imaginário da praia da minha infância e não quero acreditar que seja possível algum miúdo de 6 ou 7 anos crescer sem comer uma bola quentinha (era do sol e não por ter sido acabada de fritar) saída de um cesto de pick-nick (como eu achava graça àqueles cestos duplos que de um lado tinham as bolas com creme e do outro as sem creme) e servida num guardanapo de papel de má qualidade.
Era uma porcaria? Uma falta de higiene? A ASAE diz que sim e quer acabar com a venda de bolas de berlim nas praias. Hoje tudo tem que ser perfeitamente asséptico e esterilizado sob pena de não cumprir as estritas normas europeias. Concordando com a importância da higiene e com a preocupação com a qualidade, discordo da medida porque não consta que as famosas bolas provocassem crises de estômago ou de fígado nos miúdos e graúdos que as comiam com vontade!
Assim prevê-se que os fins de tarde nas nossas praias se tornem cada vez menos doces, quando ja não for possível chamar um senhor e comprar uma bola ou um barquilho, ou quem sabe, até, um gelado!
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