sexta-feira, setembro 21, 2007

Cultura à sexta




Andy Warhol é, e será sempre, um ícone controverso e polémico, símbolo máximo de um movimento cultural que se associa à utilização massificada de objectos quotidianos como forma de arte. A Pop Art, surgida em finais dos anos 50, como reacção a uma cultura marcadamente elitista, vai utilizar o banal, o vulgar, o quotidiano e o kitsch como símbolo da sua revolução cultural. Uma lata de sopa Campbell é tanto um objecto de arte como um quadro de Rembrant! Assim, e através de Warhol, rapidamente a garrafa de Coca-Cola se tornou um objecto de arte e figuras emblemáticas do cinema e da sociedade de massas se tornaram símbolos de uma nova cultura.

Warhol era um artista completo que manifestava o seu génio tanto na pintura, como na escultura e fotografia ou ainda no cinema, sendo autor de inúmeros filmes experimentais, realizados no seu estúdio pessoal, The Factory, onde se encontravam artistas, boémios, músicos e figuras excêntricas da high society nova-iorquina.

Artista incontornável para descrever uma época e um estilo, Warhol não deixa de ser, também, uma figura enigmática sendo conhecido pelos escândalos que envolveram o The Factory e várias das pessoas que faziam parte da sua entourage.

Nos cinemas está um filme, polémico, sobre Warhol e a sua relação com uma das suas superstars, The Factory Girl, aconselhável a todos aqueles que querem saber mais de uma época excepcional a todos os títulos, por tudo aquilo que representou de conquista de novas formas artisticas, mas também por tudo aquilo que representou de negativo, como a degradação dos costumes e a falência do ideal humano.

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