Há muito tempo que não via um filme tão bem conseguido como o mais recente de Mike Nichols, realizador que já nos vem habituando a excelentes filmes, com argumentos muito originais. É este o caso. Um filme leve e descomplicado, filmado de forma muito simples e óbvia, sobre um tema, esse sim, difícil da história americana mais recente: o apoio dado, pelos Estados Unidos, à guerrilha afegã na guerra contra as tropas Soviéticas.
O tema é "quente" e actual, ou não fosse, hoje, o Afeganistão palco de uma guerra muito dura, que se arrasta sem fim à vista, e que tem, como causa longínqua, essa mesma intervenção americana no final dos anos 80. Porém, este argumento, que apresenta uma claríssima tese política, é-nos "servido" entre taças de champagne e scotch, no meio de festas elegantes e "prevaricações" ao mais alto nível, assente na aliança improvável entre um político, um espião e uma mulher rica. Juntos eles conseguem o impensável: montar uma "guerra secreta", elevar o seu orçamento de 5 milhões de dólares para 1 Bilião, e provocar a derrota soviética no Afeganistão, algo que ninguém acreditaria possível.
Mas eles acreditaram e ganharam, «and then we fucked it up». E é com esta frase que termina o filme... mais palavras para quê?
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