Qual o objectivo desta crónica de Fernanda Câncio, no DN de hoje? O que pretende insinuar? Qual a mensagem ou a "moral" que pretente passar?
Terá alguma relação (remotamente... muito remotamente) com o veto presidencial às alterações da lei da união de facto? É que, se era esse o propósito da cronista, lamento mas o texto saiu-lhe ao lado! Ninguém, à esquerda ou à direita, contesta a liberdade de duas pessoas viverem em união de facto. Felizmente os tempos mudaram e já não há discriminação quanto ao estado civil! Temos (e tivemos) Primeiros-Ministros casados, divorciados, viúvos e unidos de facto, sem que tenha vindo mal ao mundo (e ainda bem que assim é).
O que algumas pessoas contestam, é a imposição de certa esquerda de tentar tornar, por via legislativa, as uniões de facto em "quase-casamentos" quando, manifestamente, essa não é a vontade das partes! (Mas lá está, certa esquerda e este Governo em particular tem dificuldade em aceitar que as pessoas tenham vontade própria.) E isso apenas confirma a já tristemente célebre frase do nosso PM no debate de quarta-feira de que "a liberdade de escolha é pura demagogia". De facto, para certa esquerda, a última fronteira da modernidade é, na verdade, limitar a liberdade individual. E não me parece que fosse essa a lógica de Sá Carneiro, a ver quer pela sua acção, quer pelo seu testemunho de vida.
Por último, não me parece que a esquerda deva querer falar de Sá Carneiro e da sua relação com Snu Abecassis, sob pena de termos todos que relembrar o que, à época, o grande "democrata" Mário Soares (e hoje, possivelmente, convertido em apoiante das ditas causas fracturante) pensava e dizia sob o tema, assumindo o mais abjecto conservadorismo e intransigência ao defender os valores da "família tradicional" contra o seu oponente em "situação familiar irregular".
Felizmente os tempos mudaram... mas o passado continua a ser o que foi!
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* A frase é de Mário Soares num tempo de antena das eleições intercalares, em Dezembro de 1979.
Terá alguma relação (remotamente... muito remotamente) com o veto presidencial às alterações da lei da união de facto? É que, se era esse o propósito da cronista, lamento mas o texto saiu-lhe ao lado! Ninguém, à esquerda ou à direita, contesta a liberdade de duas pessoas viverem em união de facto. Felizmente os tempos mudaram e já não há discriminação quanto ao estado civil! Temos (e tivemos) Primeiros-Ministros casados, divorciados, viúvos e unidos de facto, sem que tenha vindo mal ao mundo (e ainda bem que assim é).
O que algumas pessoas contestam, é a imposição de certa esquerda de tentar tornar, por via legislativa, as uniões de facto em "quase-casamentos" quando, manifestamente, essa não é a vontade das partes! (Mas lá está, certa esquerda e este Governo em particular tem dificuldade em aceitar que as pessoas tenham vontade própria.) E isso apenas confirma a já tristemente célebre frase do nosso PM no debate de quarta-feira de que "a liberdade de escolha é pura demagogia". De facto, para certa esquerda, a última fronteira da modernidade é, na verdade, limitar a liberdade individual. E não me parece que fosse essa a lógica de Sá Carneiro, a ver quer pela sua acção, quer pelo seu testemunho de vida.
Por último, não me parece que a esquerda deva querer falar de Sá Carneiro e da sua relação com Snu Abecassis, sob pena de termos todos que relembrar o que, à época, o grande "democrata" Mário Soares (e hoje, possivelmente, convertido em apoiante das ditas causas fracturante) pensava e dizia sob o tema, assumindo o mais abjecto conservadorismo e intransigência ao defender os valores da "família tradicional" contra o seu oponente em "situação familiar irregular".
Felizmente os tempos mudaram... mas o passado continua a ser o que foi!
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* A frase é de Mário Soares num tempo de antena das eleições intercalares, em Dezembro de 1979.
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