quarta-feira, outubro 21, 2009

De Maomé a Saramago




Ontem, ao que parece, Portugal parou porque Saramago "dissertou" sobre a Bíblia.

Pois bem, primeiro, convém explicar que Saramago nada disse que me choque. O senhor tem o direito a ter a sua opinião e os seus métodos para promover a sua obra são mais do que conhecidos! Até aqui, nada de novo, portanto.

O que me choca, verdadeiramente, neste triste episódio é o facto da esquerda "moderninha" achar muito bem que Saramago fale contra a Bíblia e contra a ICAR (para usar a sigla muito em voga em certos meios de esquerda), porque é o seu inalienável direito à opinião, mas depois se ponha ao lado daqueles que consideram quase criminosos uns cartons que parodiavam com o Islão e o seu profeta Maomé. Ou bem que o respeito pelas religiões, todas elas, prevalece contra a liberdade de opinião ou bem que todos somos livres de dizer, escrever ou desenhar o que for, sem estarmos vinculados a qualquer respeito pelas religiões. Seja a fé católica, o islão, o judaísmo ou a cientologia o "alvo" da "opinião"!

O que não pode continuar a vencer neste nosso mundo de acobardados é um politicamente correcto que nos obriga a achar que um cartoon de Maomé com uma bomba é inadmissível e um outro que põe o Papa com um preservativo no nariz é um testemunho de liberdade de expressão! Haja coerência, primeiro, depois, liberdade de expressão, para todos!

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