quarta-feira, novembro 18, 2009

Vénias



Nos Estados Unidos, o tema quente do momento não é crise, a saída da crise, o preço do dólar ou a Cimeira de Copenhaga. O issue que entretém comentadores, políticos, analistas e opinion makers é a vénia do Presidente Obama ao Imperador do Japão. Debate-se se o devia ter feito ou se foi uma submissão inqualificável dos Estados Unidos perante uma potência estrangeira. Independentemente de tão importante debate para a política externa norte america, uma coisa é certa e óbvia: se era para fazer uma vénia, que o fizesse correctamente. Parecer que está à procura de uma lente de contacto enquanto aperta a mão ao Imperador é que não está com nada!

Um comentário:

mummy disse...

Os americanos podem ter posto Obama na Casa Branca, mas não o compreendem. Com esta aparentemente exagerada vénia aos imperadores, aos olhos dos japoneses Obama surge a repor a "tradição" no formalismo das relações entre os dois países. De facto, respeitando, no simbolismo do acto, o estatuto milenar da figura do imperador, que alguns ainda consideram ter sido gravemente ferido pelos americanos com o "vexame" da rendição incondicional em 1945, Obama abre uma nova era nas relações com o Japão. Relações preferenciais, que pretende alargar a todo o oriente, como repetidamente tem dito. Obama está muitos passos à frente destes politicozinhos de aviário, e, certamente, a anos-luz do americano do Nebraska ou do Arkansas.