segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mulheres

Recebi o link para este texto do Pedro Arroja, no qual o autor defende a tese de que as “mulheres possuem uma forma superior de emocionalidade que as torna particularmente equipadas para desempenharem eficazmente a função mais importante que, na vida, é cometida aos seres humanos - a função de mãe. Mas é também essa emocionalidade superior, e o correspondente défice de racionalidade, que, quando comparadas com o único termo de comparação possível - os homens -, as torna relativamente desadaptadas para o desempenho de outras funções na vida, como a ciência, a justiça, a religião e a poesia.”

Pois bem, começando pela superior emocionalidade (ou emotividade), não creio que tal seja, de todo, uma característica feminina. Há, naturalmente, pessoas mais emotivas do que outras, independentemente do seu sexo. Olhando para o meu exemplo pessoal, não apenas eu não sou particularmente emocional (embora seja, obviamente, mulher) como as mulheres que me rodeiam são o oposto do estereótipo da tradicional “emocionalidade feminina”. Pelo contrário, conheço homens que me ganham 10/0 no campo da emocionalidade (o que, convenhamos, não é difícil!). Em termos de características femininas é mais razoável generalizar a futilidade e o consumismo do que a emocionalidade… isto porque, felizmente, nem todas as mulheres são umas neuróticas emocionais, mas quase nenhuma consegue resistir a um letreiro que prometa 40% de desconto!

Já no que se refere à função de mãe, a verdade é que ser mãe não é sinónimo de emocionalidade ou lamechice. Antes pelo contrário, muitas vezes ser mãe é sinónimo de racionalidade, pragmatismo e eficácia na resolução de problemas. Por isso também não está no útero a justificação da estranha emocionalidade feminina.

E chegamos ao cerne da questão, o que as mulheres ganham em emocionalidade (para serem umas “óptimas” embora neuróticas mãezinhas) perdem necessariamente em racionalidade (temos um “défice” disso… assim como alguns homens têm défice de atenção e outros, muito simplesmente, de inteligência). Por isso não podemos dedicar-nos à ciência, à justiça, à religião e à poesia. Deixando a religião e a poesia de parte (porque uma precisa de vocação e outra de talento, e tais coisas não surgem em virtude do sexo), ficamos com a ciência e a justiça (permitindo-me, eu, juntar a política). Pois bem, as mulheres estão desadaptadas para tais funções e porquê, porque a emocionalidade lhes tolda o raciocínio e são, genericamente, levadas a tomar decisões precipitadas e inconsequentes, meramente baseadas em sentimentos, percepções e emoções. Exemplos concretos provam-no. Foi claramente a emotividade que fez com que a Senhora Tatcher não cedesse perante uma greve de fome de militantes do Exército Republicano Irlandês ou que não tremesse durante a guerra das Malvinas. Terá também, certamente, sido a emotividade que comandou a vontade de Golda Meir quando deu ordem para a operação Ira de Deus.

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