Ontem terá sido das primeiras vezes que não vi os Oscars por opção. Preferi uma boa noite de sono a uma cerimónia previsível. Pelos vistos acertei. Foi uma cerimónia sem surpresas que consagrou, e muito bem, o Discurso do Rei, o qual arrecadou 4 Oscars nas principais categorias (embora tenha faltado o mais do que merecido Oscar para Geoffrey Rush). Colin Firth teve, por fim, o reconhecimento, adiado desde o ano passado, quando chamou a atenção como um Homem Singular, pela mão de Tom Ford. Chega ao Oscar num papel menos polémico e mais exigente.
Mas, sem dúvida, o grande vencedor da noite é o Rei George VI, que foi muito mais do que um "Rei gago" que superou circunstâncias pessoais adversas. Embora tenha vivido à sombra de um irmão que encantava o mundo por ter abdicado da coroa por amor, à sombra de um Primeiro-Ministro que foi um "herói de guerra" e à sombra de uma rainha consorte apelidada, por Hitler, de "a mulher mais perigosa da Europa", teve, por fim, quase 60 anos depois da sua morte, uma homenagem, com bom gosto e humanidade, à boa maneira britânica.
Um comentário:
Um filme elegante, com excelente argumento, magníficas interpretações e que se torna uma justa e oportuna homenagem a George VI, um bom rei, frequentemente ignorado.
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