A pensar como são todos tão liberais e tão apologistas de um Estado "enxuto" até que os cortes atinjam a sua "paróquia".
Sim, refiro-me aos apelos para um levantamento do "Norte" contra o centralismo de Lisboa, usando como argumentos a privatização da ANA, os cortes na subvenção à Casa da Música e, até, imagine-se (!) a transferência da realização dessa referência da cultura nacional que é a Praça da Alegria (whatever that is) para Lisboa.
Nada tenho contra a regionalização e nada tenho a favor do centralismo. Acho, até, que o país só teria a ganhar em ter mais do que um "centro". Mas há momentos em que se exigia um pouco mais de ambição e que não ficássemos, sistematicamente, pelo óbvio e pelo pequenino. Se o Porto quer dinamizar uma região Norte economicamente forte, politicamente credível e culturalmente relevante, é melhor começar a pensar além da Praça da Alegria.
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