sábado, janeiro 05, 2013

O fascínio da televisão



Pese embora reze a história familiar que comecei a andar no dia em que uma TV a cores chegou lá em casa, a verdade é que também sempre ouvi que, desde pequena, nunca achei especial graça à televisão.

Lembro-me, porém, de ficar fascinada a ver a mira técnica (acho que acompanhada de música clássica, mas não posso garantir) e de pouca atenção prestar aos desenhos animados. Curiosamente, até hoje a mira técnica é uma imagem que me fascina. Talvez porque representa a tecnologia que permite que um pequeno aparelho nos traga som, imagem e cor, o que é algo de absolutamente fabuloso. Uma tecnologia que nos permite estar em “directo” com o resto do mundo e receber informação, entretenimento e cultura em tempo real é algo com que os nossos bisavós poderiam apenas sonhar (e com certeza tanto sonharam que fizeram do sonho uma realidade). E o que fizemos nós com ela? Transformámos esta extraordinária invenção humana em lixo.

Para mim, a televisão (no que ela hoje significa, com os seus talk shows, reality shows e todos os demais shows que não têm ponta de interesse ou graça) só pode estar desligada e mantida assim. Ver alguns dos programas que preenchem os mil canais com que os mais completos pacotes de TV nos brindam é uma espécie de tortura (sei bem do que falo, já que fui “submetida” a cerca de duas horas de visionamento difuso da Casa dos Segredos na passagem de ano). 

Por isso, a minha televisão continua desliga da corrente à espera que eu lhe arranje uma entrada USB, a qual abrirá a porta às minhas séries e aos meus filmes, vistos quando e como eu quero, sem interrupções para publicidade de produtos que eu não quero comprar ou de programas que eu não quero ver. Para ser perfeito, era só conseguir ter uma mira técnica no final da “minha” emissão, acompanhada de boa música!

Nenhum comentário: