Aqui há uns anos a Suécia começou a implementar uma série de reformas que permitiram garantir a sustentabilidade da segurança social, melhorar a educação e a saúde.
Sem "matar" o Estado Social, a Suécia avançou com reformas inovadoras que passam (sem entrar em pormenor) pela criação de um sistema de duplo pilar na segurança social (só 50% das pensões é garantida pelo Estado, sendo o remanescente da responsabilidade de entidades privadas e a parte "pública" do sistema é gerida em sistema de conta-corrente); pela introdução do famoso cheque-ensino, garantindo liberdade de escolha para as famílias, autonomia para as escolas e concorrência no mercado, o que aumentou a qualidade do ensino (e, consequentemente, os resultados dos alunos); e pela privatização gradual dos serviços de saúde, que passaram a funcionar numa lógica em tudo semelhante ao cheque-ensino, numa espécie de sistema de vouchers.
Tudo isto foi feito mantendo o "consenso social" e a percepção geral do Estado Social sueco como um dos mais completos do mundo. Este exemplo, pelo menos, deveria merecer a nossa atenção e estudo.
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