Muito bom este texto de Sérgio Sousa Pinto. E não é só Macron rodeado da sua “beautiful people” mas a Europa e os seus dirigentes que olham também para o povo com a curiosidade de um cientista que observa ratinhos. Não percebem porque os italianos, deixados sozinhos durante anos a lidar com a crise migratória, estão cansados de imigrantes e se viram para os “Salvinis”. Não percebem porque holandeses, finlandeses ou alemães não querem ouvir falar de solidariedade com os “despesistas” do Sul e vão dando cada vez mais o seu voto a partidos eurocépticos. Não percebem porque o sul endividado não aguenta mais políticas de austeridade e se vira para a extrema esquerda. E claro, agora não percebem porque os Franceses estão a sair à rua aos milhares para dizer basta à “transição energética” que nos vai deixando mais pobres e a pagar energia cada vez mais cara. Não percebem nada e culpam a extrema direita, o Steve Bannon e os extremistas por aquilo que não querem perceber. Conta a história, sem verdade, é um facto, que há uns bons anos uma rainha francesa terá mandado o povo, que não tinha dinheiro para comprar pão, comer brioches. Por isso se fez uma revolução. Não estamos hoje muito longe dos brioches de Maria Antonieta!
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