sábado, março 26, 2005

Para que a futilidade seja total...

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Eu gosto de roupas, de carteiras, de acessórios em geral, de sapatos e de cintos... Eu adoro jóias e os diamantes exercem sobre mim um fascínio quase transcendente (confesso que os cristais swarovski também têm um magnetismo especial... sobretudo os que se colam à pele e fazem as delícias de quem os vê!)
Culpa? Dos dois cromossomas x com que nasci e que deviam vir com extra-dose de futilidade!
Mas, não obstante a futilidade e a inconsequência (aliada ao facto de ser loura!), também consigo ter um lado mais intelectual, profissionalmente exigente e politicamente interveniente!
E é isso que a maioria das pessoas não compreende. Como se pode ser, ao mesmo tempo, algo fútil e (suprema ironia) loura, e apreciar arte, adorar a política e ter opinião sobre o mundo e as grandes questões da humanidade?
Impossível no mundo dos rótulos fáceis, como é o nosso! Por isso me deu tanto prazer ler o livro de Helena Sacadura Cabral e Rita Ferro e perceber como duas mulheres inteligentes, independentes e bem sucedidas, também conseguem ser fúteis e inconsequentes em alguns aspectos, sem por isso perderem um átomo da sua capacidade de olhar o mundo! Se ao menos todas nós fossemos assim... mas não, a maioria das mulheres, para vencer num mundo de homens, prefere masculinizar-se e abdicar daquilo que de mais intrinsecamente feminino tem, para que alguém aprecie a sua inteligência. Porque, falemos claro, no mundo onde os homens ainda comandam, eles entendem (preferem!) que a inteligência continua a ser incompatível com a feminilidade!
Maior embuste não seria possível! Aliás, a maior prova de inteligência feminina é, exactamente, a de lutar no mundo dos homens com as armas que eles não têm! Por isso é que, para mim, o discurso da igualdade é totalmente aberrante! Eu não quero ser igual. Eu quero ser diferente, ser loura e fútil se assim me apetecer e, ainda assim, ser respeitada pelo que tenho dentro da cabeça e que, garanto, pouco tem de 'cor-de-rosa'! São 'little grey cells' e das boas, e não será um chapéu tipo Ascot que lhes tirará qualquer qualidade intelectual!

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