O Idealista parece muito preocupado com a venda de medicamentos sem receita médica nos supermecados e nas gasolineiras. Fala da saúde pública como se esta alguma coisa tivesse a haver com a venda de medicamentos fora das farmácias.
Eu discordo! Quando quero comprar um remédio que não precisa de receita médica não vou perguntar ao farmacéutico o que ele acha (o mesmo para os que precisam - afinal se o médico receita, eu confio!) Se quero ben-u-ron ou aspirina compro, sem mais!
Já o Diogo partilha a mesma opinião que eu. Também ele entende que se tal medida contribuir para a diminuição do preço dos medicamentos, quem ganha é o cidadão! Quanto ao problema que entretanto o Diogo levanta, o da pílula do dia seguinte, de facto far-me-ia confusão vê-la à venda num supermercado, numa bomba de gasolina ou, até, numa loja de conveniência. Mas a questão aí é diferente (e prévia!): saber se é admissível que a pílula do dia seguinte seja vendida sem receita médica (é favor juntar esta questão àquela que dá conta do abuso deste fármaco pelas jovens portuguesas).
Isto tudo para dizer que, com uma triagem adequada de quais os medicamentos que podem ser vendidos sem receita, não me faz a mínima confusão vê-los à venda fora das farmácias.
Quanto à questão da cedência aos lobbies dos hipermercados ou da indústria farmacéutica, levantada pelo Idealista, até acredito. Mas se a medida em si acaba por ser vantajosa para o cidadão, o que importa que a sua motivação tenha sido a mais errada? Não poderá ser este um caso de 'escrever direito por linhas tortas'?
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