Continuando a polémica instaurada na Bloggosfera, ‘O Idealista’, "que muito prezo", replica, pelo que terá direito a tréplica (parece que o meu papel de agente provocador da Bloggosfera se estendeu a outros Blogs para além do UGAD!).
Pois bem, indo por pontos:
1. No meu primeiro texto, o Idealista, se bem leu, deve ter reparado nesta frase: «Isto tudo para dizer que, com uma triagem adequada de quais os medicamentos que podem ser vendidos sem receita, não me faz a mínima confusão vê-los à venda fora das farmácias». Pois bem, o que quererá isto dizer, amigo Idealista? Pois, quer dizer que eu entendo ser necessário que se definam exactamente quais os medicamentos que podem ser vendidos fora de uma farmácia e aqueles que de modo algum o poderão ser. Vem daí o exemplo da pílula do dia seguinte que repugna qualquer um, quer comprada com couves, quer comprada como se de uma caixa de aspirina se tratasse! (Nem sequer vou entrar na discussão da pílula do dia seguinte propriamente dita!)
2. Já deu para perceber que o Idealista tem um problema com as grandes superfícies e uma tendência para desempenhar o papel de Robin Hood das farmácias. Para dizer a verdade, eu também não gosto de grandes superfícies mas também não nutro nenhum carinho especial por farmácias! Aliás, estas podem perder 1/4 da sua facturação mas continuarão a ter lucro, na medida em que todos sabemos que não há maior negócio no SNS que os medicamentos! Mas, aqui tenho que concordar com o Idealista: a fatia de leão deste negócio não é para as farmácias mas para a indústria farmaceutica!
3. Em relação do SNS e à política dos medicamentos, como é óbvio, as medidas mais importantes não passam pela venda de medicamentos nos supermercados. Esta medida (embora não seja má por si!) não é a solução para os problemas da Saúde em Portugal! É apenas uma cortina de fumo, bem ao estilo socialista. Durante os próximos 4 anos vamos estar a discutir o acessório ao invés de discutir políticas a sério. É o estilo socialista e não é por isso que vamos criticar tudo. Há que reconhecer que esta medida não é intrinsecamente má, porque é meramente acessória!
4. Quanto aos meus arrependimentos, o Idealista que não se iluda! Se há certeza que tenho é que o meu voto no CDS foi muito útil!
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