Pois é, os franceses cumpriram mesmo a promessa de uma resposta negativa, fazendo rolar cabeças no governo gaulês e colocando os dirigentes europeus, os mercados secundários e o próprio € de cabeça à roda. E ainda têm a prepotência de dizer que não se sentirão marginalizados pelos outros Estados-membros nesta questão. Acreditamos na decisão democrática dos cidadãos europeus mas não podemos acreditar numa campanha a favor do NÃO baseada em falácias, em premissas totalmente descabidas sobre ameaças de dilatação da taxa de desemprego e agravamento dos problemas sociais devido à revisão da legislação de trabalho. Para as máquinas partidárias a favor da rejeição do documento é preferível perseguir o caminho fácil, o da ilusão, comprometendo a construção de uma união efectiva. Em França, a demagogia saiu à rua, e quem ficou a ganhar foram os representantes das facções extremistas, quer da esquerda quer da direita.
Reinvindicando as incongruências entre o seu património liberal e o conservadorismo europeu, os holandeses defendem, na sua maioria, que é impossível coadunar a sua lei com uma "constituição" que supostamente possa por em causa alguns direitos adquiridos, geralmente não previstos pelos congéneres europeus. Na minha humilde opinião, penso que não há razão para tal preocupação, é possível dentro do documento proposto respeitar as liberdades idiossincráticas previstas na legislação holandesa. No entanto, esperemos pela respota dos Países Baixos.
Tenho algumas dúvidas acerca do efeito destas votações sobre os referendos a realizar nos Estados-membros que ainda não sufragaram a proposta, poderão ser eventualmente muito perversos mas também podemos aguardar surpresas.
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Pois é, os franceses cumpriram mesmo a promessa de uma resposta negativa, fazendo rolar cabeças no governo gaulês e colocando os dirigentes europeus, os mercados secundários e o próprio € de cabeça à roda. E ainda têm a prepotência de dizer que não se sentirão marginalizados pelos outros Estados-membros nesta questão. Acreditamos na decisão democrática dos cidadãos europeus mas não podemos acreditar numa campanha a favor do NÃO baseada em falácias, em premissas totalmente descabidas sobre ameaças de dilatação da taxa de desemprego e agravamento dos problemas sociais devido à revisão da legislação de trabalho. Para as máquinas partidárias a favor da rejeição do documento é preferível perseguir o caminho fácil, o da ilusão, comprometendo a construção de uma união efectiva. Em França, a demagogia saiu à rua, e quem ficou a ganhar foram os representantes das facções extremistas, quer da esquerda quer da direita.
Reinvindicando as incongruências entre o seu património liberal e o conservadorismo europeu, os holandeses defendem, na sua maioria, que é impossível coadunar a sua lei com uma "constituição" que supostamente possa por em causa alguns direitos adquiridos, geralmente não previstos pelos congéneres europeus. Na minha humilde opinião, penso que não há razão para tal preocupação, é possível dentro do documento proposto respeitar as liberdades idiossincráticas previstas na legislação holandesa. No entanto, esperemos pela respota dos Países Baixos.
Tenho algumas dúvidas acerca do efeito destas votações sobre os referendos a realizar nos Estados-membros que ainda não sufragaram a proposta, poderão ser eventualmente muito perversos mas também podemos aguardar surpresas.
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