segunda-feira, outubro 10, 2005

Resultados

Já existem resultados das eleições autárquicas e estes, para o CDS, não são bons. Não são bons em termos de percentagem nacional, não são bons em número de votos e mandatos, não são bons em número de câmaras e não são bons em Lisboa.

A percentagem nacional - 3,18 (ao qual se somam uns pózinhos das coligações com o PSD) - não é boa e demonstra que o CDS não é um partido vocacionado para as autarquias e não tem estruturas locais capazes de fazer face a eleições autárquicas.

O número total de votos fica muito àquem daquilo que seria desejável e que eram os valores de 2001 e o número de mandatos, com os resultados que temos, desce de 37 para 27 o que não é bom e enfraquece a já frágil malha autáquica do partido. Ao mesmo tempo, sobe o número de mandatos conquistados em coligação com o PSD - porque estas também são em maior número - o que reforça a ideia de que, a nível autárquico, a relevância do CDS se resume aos casos pontuais em que é necessário ao PSD.

O número de câmaras também conseguiu descer e neste momento o CDS tem apenas uma câmara - Ponte de Lima - que mais se deve ao facto de ter como candidato o Eng. Daniel Campelo do que qualquer outro factor.

Foi um mau resultado em Lisboa, apesar do esforço e empenho da Dr.ª Maria José Nogueira Pinto que fez uma campanha que eu considero muito digna e muito positiva e da qual falarei noutra ocasião. Mau resultado mitigado pelo facto de termos mantido, a muito custo, uma vereação mas que se lê claramente nos resultados nas freguesias.

Foi, por último, um mau resultado na minha freguesia, naquela em que eu dei a cara pelo CDS e na qual, não apenas falhei o objectivo da eleição para a Assembleia de Freguesia como perdi 200 votos face a 2001. Não me escondo nos 2.000 eleitores que Alcântara perdeu e assumo esta derrota não ficando nada tranquila ao saber que na minha freguesia (como na cidade) o CDS passou a quinta força política.

Todos estes resultados, incluindo o meu, ficam muito àquem daquilo que o CDS se propusera e daquilo que o CDS deveria desejar. Pena que nem todos saibam assumir uma derrota ... mas lá está, essa capacidade só a têm os grandes Homens, que são grandes na vitória como na derrota!

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