terça-feira, janeiro 02, 2007

2007, um ano para falar de Energia



«A energia vai ser, tal como no ano que terminou, um sector em destaque em 2007. Duas empresas serão privatizadas (ver caixa), inicia-se o processo de liberalização do mercado do gás natural para as eléctricas e o mercado liberalizado da electricidade deverá conhecer novos de-senvolvimentos, nomeadamente para os clientes domésticos.

É o ano do fim dos CAE (contratos de aquisição de energia) e da introdução dos CMEC (custos de manutenção de equilíbrio contratual), medidas que poderão, entre outras, ter impacto na redução das tarifas da electricidade em 2008.

Na área das renováveis, serão conhecidos os resultados de dois importantes concursos: até final do primeiro semestre, o Governo deverá decidir quais os vencedores da segunda fase do concurso das eólicas para atribuição de uma nova potência entre 400 e 500 megawatts e ainda quem vai construir as 13 centrais termoeléctricas de biomassa, das 15 que foram colocadas a concurso. Neste último caso, está em causa uma potência instalada da ordem dos 90 megawatts.

É também o ano em que serão atribuídas as licenças para a construção de oito novas centrais de ciclo combinado a gás natural, que deverão estar construídas até 2009, aumentando em cerca de 2400 megawatts a potência instalada no País para a produção de energia eléctrica. Neste último caso, e para que tal aconteça, os promotores dos projectos deverão ter os processos ambientais concluídos até Maio.

No subsector do petróleo, espera-se que a Galp arranque com o projecto de reconversão das duas refinarias, em Sines e em Matosinhos, o que envolve um investimento de cerca de mil milhões de euros e poderá ajudar a reduzir as importações portuguesas de produtos refinados, nomeadamente de gasóleo, no final desta década.

A aprovação do PNALE - Plano Nacional de Alocação de Licenças de Emissão, que constitui um passo importante para o ambiente, vai, no entanto, trazer custos acrescidos para o sector energético em geral.

Em termos europeus, prevê-se que continuem os movimentos de fusão entre empresas do sector.»

In DIÁRIO DE NOTÍCIAS, 2/1/2007

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