sexta-feira, setembro 14, 2007

Cultura à sexta



Richard Wagner, nascido em 1813, em Leipzig, foi um dos mais influentes compositores alemães, considerado um dos expoentes do romantismo e do nacionalismo germânico, grande amigo do Rei Ludwig II da Baviera, que foi o seu patrono.

Como compositor de óperas, criou um novo estilo, grandioso, cuja influência se mantém até hoje. Para além disso, Wagner escrevia, ele próprio, o libreto de todas as suas óperas, inclusive a tetralogia O Anel do Nibelungo, que demorou 26 anos a ser composta, obra na qual a mitologia germânica recebe uma empolgante expressão dramático-musical.

A obra wagneriana, fortemente centrada em figuras masculinas heróicas e quase 'super homens', no sentido Nietzscheziano do termo, suscitou o aparecimento de um novo tipo de cantor: um heldentenor (literalmente: "tenor heróico"), um tenor de resistência física extraordinária e grande potência vocal, capaz de enfrentar papéis como Siegfried, Tristão e Tannhäuser.

Wagner é até hoje um ícone cultural que traduz, na perfeição, a identidade nacional germânica na sua música. Muitas vezes, também, considerado anti-semita, em virtude de alguns dos seus escritos onde elogiava as qualidades do povo germânico e denunciava aquela que considerava ser a influência perniciosa dos judeus na cultura alemã, Wagner tornou-se, durante os anos do III Reicht o compositor oficial do regime e a personificação das qualidades do bom alemão e do génio germânico aos olhos do Nacional Socialismo.

Polémicas à parte, Wagner é sem duvida um dos maiores compositores de todos os tempos e as suas obras, sejam Parsifal, o Anel do Nibelungo, Tristão e Isolda ou o Idilio de Siegfried, fazem parte do património cultural da humanidade, enriquecendo-nos a todos!

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