Veneza é uma cidade que me provoca um misto de emoções, porque é, de facto, diferente de tudo o que conhecia... Não é apenas por ser um aglomerado de ilhas e canais, nem tão pouco pela sua arquitectura tão própria ou sequer pela mito que se criou sobre a cidade dos apaixonados. É porque é Veneza, simplesmente.
O que posso dizer, mesmo correndo o risco de perder qualquer pretensão de originalidade, é que Veneza primeiro estranha-se, mas depois entranha-se. Estranha-se por percebermos que estamos numa cidade que percorre, lenta e desapaixonadamente, o caminho da decadência mas que, ainda assim, mantém a capacidade de sedução de outros tempos (um bocadinho como Norma Desmond do Sunset Boulevard). Entranha-se porque mais nenhuma cidade do mundo tem a capacidade teatral de Veneza... E, possivelmente, só quem tem alma de artista consegue amar uma cidade que é um palco, um cenário que vive, dia após dia, uma longa peça que termina sempre quando todos nós, os que diariamente subimos àquele imenso palco e, com as nossas histórias, lhe emprestamos um pouco da nossa vida, regressamos às nossas casas e deixamos Veneza aos seus pouco mais de 62 mil habitantes. Contrastes marcantes numa cidade que inspira sonhos em viajantes mas que perde habitantes todos os anos...
Assim, e de forma muito simples, vejo Veneza como um palco e por isso me faz tanto sentido encontrar máscaras venezianas por todos os lados... realmente Veneza é toda ela um grande hino às performings arts, porque ela própria representa um papel que há muito abandonou: o de ser uma cidade viva!
Por fim, adoraria voltar a Veneza no Carnaval porque, de facto, não imagino nenhum outro lugar no mundo onde o Carnaval possa fazer mais sentido que nas ruas labirínticas e nos canais intermináveis de Veneza...
O que posso dizer, mesmo correndo o risco de perder qualquer pretensão de originalidade, é que Veneza primeiro estranha-se, mas depois entranha-se. Estranha-se por percebermos que estamos numa cidade que percorre, lenta e desapaixonadamente, o caminho da decadência mas que, ainda assim, mantém a capacidade de sedução de outros tempos (um bocadinho como Norma Desmond do Sunset Boulevard). Entranha-se porque mais nenhuma cidade do mundo tem a capacidade teatral de Veneza... E, possivelmente, só quem tem alma de artista consegue amar uma cidade que é um palco, um cenário que vive, dia após dia, uma longa peça que termina sempre quando todos nós, os que diariamente subimos àquele imenso palco e, com as nossas histórias, lhe emprestamos um pouco da nossa vida, regressamos às nossas casas e deixamos Veneza aos seus pouco mais de 62 mil habitantes. Contrastes marcantes numa cidade que inspira sonhos em viajantes mas que perde habitantes todos os anos...
Assim, e de forma muito simples, vejo Veneza como um palco e por isso me faz tanto sentido encontrar máscaras venezianas por todos os lados... realmente Veneza é toda ela um grande hino às performings arts, porque ela própria representa um papel que há muito abandonou: o de ser uma cidade viva!
Por fim, adoraria voltar a Veneza no Carnaval porque, de facto, não imagino nenhum outro lugar no mundo onde o Carnaval possa fazer mais sentido que nas ruas labirínticas e nos canais intermináveis de Veneza...
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