Li com muita atenção este artigo do António Barreto, sobre as recentes alterações legislativas que impedem, entre outras coisas, a venda de bolas de berlim nas praias, as castanhas assadas embrulhadas em papel de jornal ou a existência de galheteiros nos restaurantes e, se numa primeira leitura sou tentada a concordar com o autor, pensando melhor, o legislador de Bruxelas não é assim um tão grande abrenúncio como poderíamos julgar.
Estas regras, se bem que muita vezes exageradas, mais não são do que a evolução das nossas sociedades. Hoje em dia ninguém põe em causa a existência, por exemplo, de prazos de validade ou de rotulagem obrigatória. Mas nem sempre foi assim. Porém, a consciência social e a protecção dos consumidores obrigou a que tais regras fossem impostas em determinada altura, contra todas as convenções vigentes e hoje são de uma evidência incontestável! Penso que é o mesmo que agora se passa.
Emotivamente, somos levados a concordar com António Barreto. Toda a vida comemos no café da esquina sandwiches que não sabíamos com o que tinham sido feitas ou saladas que não sabíamos como tinham sido preparadas. Toda a vida também, comemos comida cozinhada em tachos de alumínio e mexida com colheres de pau. Mas também sabemos que muitas vezes a salada mal lavada no café da esquina nos provocava uma intoxicação alimentar, assim como a sandwich de queijo fora de prazo nos provocava uma gastroenterite (a mim aconteceram as 2 coisas, e asseguro-vos que não foram agradáveis). Do mesmo modo, também sabemos hoje que cozinhar em alumínio pode levar à ingestão de partículas altamente cancerígenas.
Ou seja, tudo isto para dizer que estas regras, por mais absurdas que nos pareçam hoje, pretendem apenas fazer face a uma maior exigência de higiene, cuidado e informação por parte dos consumidores. E isso não está errado, antes pelo contrário. Possivelmente daqui por 30 anos estas regras serão um acquis civilizacional e tão básico como não bebermos todos do mesmo copo ou fazermos circular um mesmo prato por 30 convivas de um banquete, coisas que, como sabemos, se passavam com extrema naturalidade nos tempos medievais!
Estas regras, se bem que muita vezes exageradas, mais não são do que a evolução das nossas sociedades. Hoje em dia ninguém põe em causa a existência, por exemplo, de prazos de validade ou de rotulagem obrigatória. Mas nem sempre foi assim. Porém, a consciência social e a protecção dos consumidores obrigou a que tais regras fossem impostas em determinada altura, contra todas as convenções vigentes e hoje são de uma evidência incontestável! Penso que é o mesmo que agora se passa.
Emotivamente, somos levados a concordar com António Barreto. Toda a vida comemos no café da esquina sandwiches que não sabíamos com o que tinham sido feitas ou saladas que não sabíamos como tinham sido preparadas. Toda a vida também, comemos comida cozinhada em tachos de alumínio e mexida com colheres de pau. Mas também sabemos que muitas vezes a salada mal lavada no café da esquina nos provocava uma intoxicação alimentar, assim como a sandwich de queijo fora de prazo nos provocava uma gastroenterite (a mim aconteceram as 2 coisas, e asseguro-vos que não foram agradáveis). Do mesmo modo, também sabemos hoje que cozinhar em alumínio pode levar à ingestão de partículas altamente cancerígenas.
Ou seja, tudo isto para dizer que estas regras, por mais absurdas que nos pareçam hoje, pretendem apenas fazer face a uma maior exigência de higiene, cuidado e informação por parte dos consumidores. E isso não está errado, antes pelo contrário. Possivelmente daqui por 30 anos estas regras serão um acquis civilizacional e tão básico como não bebermos todos do mesmo copo ou fazermos circular um mesmo prato por 30 convivas de um banquete, coisas que, como sabemos, se passavam com extrema naturalidade nos tempos medievais!
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