Pelo que leio há já consenso entre os dois grandes (o Bloco Central ainda aí) para que Portugal siga os seus parceiros europeus e reconheça a independência do Kosovo.
Embora tenha as maiores dúvidas sobre qual a melhor solução para o problema que temos em cima da mesa (e que foi em grande parte criado por nós Europeus), de uma coisa tenho a maior certeza: a comunidade internacional, e a Europa em especial, não podem criar uma política de "dois pesos e duas medidas", uma espécie de realpolitik taylor made, adaptável às circunstâncias e tão mutável e instável quanto a minha opinião sobre sapatos. E isto porque, neste momento, não é apenas do Kosovo que falamos. Ou melhor, não deveríamos falar do Kosovo sem falar da Ossétia do Sul e da Abecásia, dois territórios pro-russos que pretendem a sua "auto-determinação" o que a comunidade internacional do "nosso lado do mundo" se recusa a aceitar. Isto entre tantos outros casos de territórios que reclamam o seu direito fundamental à auto-determinação.
O reconhecimento da independência do Kosovo, na minha opinião, abre um gravíssimo precedente para as leis internacionais e depois disto será muito difícil negar o mesmo direito que oferecemos aos kosovares a quem, invocando este reconhecimento, nos vier pedir nada mais do que "tratamento igual".
Embora tenha as maiores dúvidas sobre qual a melhor solução para o problema que temos em cima da mesa (e que foi em grande parte criado por nós Europeus), de uma coisa tenho a maior certeza: a comunidade internacional, e a Europa em especial, não podem criar uma política de "dois pesos e duas medidas", uma espécie de realpolitik taylor made, adaptável às circunstâncias e tão mutável e instável quanto a minha opinião sobre sapatos. E isto porque, neste momento, não é apenas do Kosovo que falamos. Ou melhor, não deveríamos falar do Kosovo sem falar da Ossétia do Sul e da Abecásia, dois territórios pro-russos que pretendem a sua "auto-determinação" o que a comunidade internacional do "nosso lado do mundo" se recusa a aceitar. Isto entre tantos outros casos de territórios que reclamam o seu direito fundamental à auto-determinação.
O reconhecimento da independência do Kosovo, na minha opinião, abre um gravíssimo precedente para as leis internacionais e depois disto será muito difícil negar o mesmo direito que oferecemos aos kosovares a quem, invocando este reconhecimento, nos vier pedir nada mais do que "tratamento igual".
3 comentários:
pois que me parece um post muito asizado!
Eu e tu a concordarmos em matéria de Política Externa é estranho... ou amadurecemos os dois ou anda algum virus no ar. ;)
Mas qual é a novidade da dualidade de critérios na diplomacia internacional? Saddam era um grande ditador e patrocinámos a cimeira dos açores, mas recebemos de braços abertos Fidel Castro e Hugo Chávez, esses grandes democratas.
Quando se atribui o prémio Nobel a terroristas, como Arafat, e a assassinos, como Mandela, acho que está tudo dito os "valores" da política internacional. Há tantos mais exemplos por esse mundo fora, mas acho que não vale a pena, pois não?
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