Vários meses de audições, inquirições e acareações... centenas de documentos, relatórios, ofícios e actas... E tudo indiciava falhas graves de supervisão no caso BPN.
Porém, o relatório final dos trabalhos da Comissão de Inquérito considera que o Banco de Portugal "fez o que estava previsto e que respeitou as linhas orientadoras das melhores práticas de supervisão, tendo em conta ainda as exigências de Basileia".
No país do faz de conta em que vivemos, isto não espanta. Mas deveria. Por isso mesmo, Nuno Melo fala em relatório "politicamente motivado" e faz muito bem, porque é exactamente isso o que se trata. Desperdício terão sido as várias horas perdidas pela dita Comissão, num trabalho que, uma vez mais, deu em nada...
Porém, o relatório final dos trabalhos da Comissão de Inquérito considera que o Banco de Portugal "fez o que estava previsto e que respeitou as linhas orientadoras das melhores práticas de supervisão, tendo em conta ainda as exigências de Basileia".
No país do faz de conta em que vivemos, isto não espanta. Mas deveria. Por isso mesmo, Nuno Melo fala em relatório "politicamente motivado" e faz muito bem, porque é exactamente isso o que se trata. Desperdício terão sido as várias horas perdidas pela dita Comissão, num trabalho que, uma vez mais, deu em nada...
Um comentário:
Discordo, que o trabalho tenha dado em nada. Em nada de útil, ou de bom, isso sim. Mais do que ter tido o resultado que deveria ter tido, ou seja, que se retirassem as devidas consequências; mais do que dar em nada, toda esta confusão, debatida apaixonada e publicamente,com honras de transmissões directas, seguidas freneticamente pelos mais desatentos cidadãos deste palco de comédia de enganos em que nos tornámos, teve um desfecho que nos remete, uma vez mais, para a desavergonhada impunidade daqueles que se governam, desgovernando-nos. E assim se potencia o efeito nefasto da elasticidade da ética e da responsabilidade social e moral, que estes casos vão deixando na matriz de cada português. Depois, preocupam-se com o descrédito nos políticos! Pior do que o descrédito, é continuar a dar-lhes crédito, mesmo sabendo que não merecem nenhum.
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