sexta-feira, janeiro 21, 2011

Razões igualmente válidas, mas menos fúteis


Portugal atravessa a maior crise económica e financeira dos últimos anos. Para além disso, vive uma crise de confiança. Não é tempo para experiências ou malabarismos. Alegre pode ter "bom ar" (que o tem, sem dúvida), e pode até ter aquela aura especial de poeta boémio-marialva, mas isso agora não chega. Precisamos de um homem com provas dadas e com competência reconhecida. Precisamos, sobretudo, de um Presidente que tenha uma visão clara (e institucional) dos poderes presidenciais. Não queremos um jogador do jogo político, como foi Sampaio. Queremos um juiz imparcial e um defensor da ordem constitucional.

Voto Cavaco para ter a garantia de imparcialidade e de análise lúcida e capaz das circunstâncias políticas e económicas.

Voto Cavaco porque todos sabemos que em cada casa é preciso o adulto chato e cinzento, para impor alguma ordem no recreio. Se o país é o recreio e o governo é o circo, Cavaco é o chato e cinzento que nos dá segurança quando as coisas correm mal.

Voto Cavaco porque é a única opção viável. A melhor opção. E voto muito mais convicta do que há 5 anos atrás, porque Cavaco foi exactamente o Presidente que eu imaginava: atento e, sobretudo, previsível. E, nos estranhos tempos que vivemos, essa acaba por ser a sua melhor qualidade e a melhor garantia para os próximos 5 anos.

2 comentários:

Drine disse...

Pois é. A mim apetece-me votar em branco. Convence-me. É que vi demasiadas vezes o Sr. PR recuar, ignorar e anuir quando não devia. Já para não falar das infelizes frases que tem proferido, será que desconhece a realidade no terreno? É que as pessoas não são só números.

Bjs.

mummy disse...

Pois é, os portugueses precisam de um pai da nação. O velho Salazar percebeu-o, e assumiu a paternidade, ao seu modo e ao estilo da época. Sócrates julgou percebê-lo, também, mas ficou-se pela pose do padrasto explorador,impaciente e abusivo.
Cavaco é um pai à moda antiga, o que nem a todos agrada. Mas que precisamos de mão forte, é um facto. E até faziam falta umas boas palmadas em muitos traseiros que por aí se passeiam...