sexta-feira, fevereiro 11, 2011

Diário de Viagem - ISRAEL (1)


Bandeira de Israel em Massada, a fortaleza localizada num monte no deserto da Judeia, símbolo da resistência e da revolta dos Judeus contra o exército Romano. É aqui que, hoje em dia, os recrutas das Forças Armadas Israelitas fazem o seu juramento de fidelidade: "Massada não cairá nunca mais".




É preciso ir a Israel para perceber Israel. E isto porque é preciso perceber o que é ser um Estado, pouco maior do que o Alentejo, na península Arábica. O que é ser a única democracia de tipo ocidental numa região onde ainda prevalecem os regimes autoritários sejam eles de cariz secular (Egipto) ou teocrático (Irão). Perceber o que é ter uma terra que é pobre (em grande parte deserto) e ainda assim conseguir ser autosuficiente. O que é defender e praticar a liberdade e a tolerância num terreno fértil ao extremismo e ao fundamentalismo. Perceber o que é tentar viver um modelo democrático ocidental num meio adverso e ter que combater, dia a dia, aqueles que querem a destruição de Israel.

É preciso ir a Israel para perceber o que é lutar pela sobrevivência de um Estado e de um povo. É preciso ver e ouvir. É preciso sentir. Talvez Massada seja a melhor metáfora do que tem sido a História de Israel - uma luta diária pela sobrevivência. Luta essa que não impede, ainda assim, que um Europeu chegue a Israel e se sinta "em casa", porque ali, num palco que também é de guerra, uma guerra civilizacional, encontramos os nossos valores. Como disse Gunnar Hökmark, presidente dos European Friends of Israel, "in Israel we are in the common land of democracy". E é por isso que Massada não cairá, porque a liberdade, a democria e a tolerância não podem perder.

Um comentário:

mummy disse...

Por muito que admire a determinação, a coragem e o espírito de cada israelita, que, diariamente, vence o medo para enfrentar, com normalidade, um quotidiano repleto de incerteza violenta, não posso deixar de pensar que o estado de Israel não é, a prazo, um projecto viável no contexto geopolítico da região. Até porque o mundo ocidental parece não ter percebido ainda que a luta contra a jihad muçulmana não a ganha a discutir à volta de uma mesa, com pés e mãos amarrados pelo politicamente correcto das "belas" teorias dos direitos humanos.