Se o arrependimento matasse, pois que eu não estaria em muito boas condições no preciso momento em que escrevo estas linhas.
E porquê? Por isto. Tal texto não apenas é motivo de vergonha e de penitência como quase justificaria a aplicação de castigos corporais (pelo próprio MI6).
Daniel Craig está absoluto neste novíssimo 007. Se começou bem em Casino Royale, a verdade é que tem ganho personalidade e profundidade como James Bond. Está à vontade e não teme comparações: este é o seu Bond. E neste Skyfall não apenas nos faz reencontrar o charme dos espiões de outrora (não apenas evoca, como oblitera Sean Connery - lamento muito, mas é a minha verdade) como é um duro, dos duros a sério. E depois, fica fabuloso no guarda-roupa desenhado (pelo também absoluto) Tom Ford, embora os seus fatos de corte impecável também se amarrotem e se rasguem, como seria, aliás pouco plausível que não acontecesse.
Mas, para além de tudo isso (que já é bastante), o que mais me fascinou em Skyfall é a impecável mistura que Sam Mendes (também absoluto) faz entre o novo e o antigo. O reencontro que ele promove com o passado do mais famoso agente secreto do Reino Unido. E não me refiro apenas ao mítico Aston Martin. Refiro-me a todos os pequenos detalhes do filme que me fizeram sair do cinema com a estranha sensação que, depois de vários anos errante, Bond voltara a casa.
Gostei. É que gostei mesmo!
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