Uma companhia aérea detida pelo Estado, nos tempos que correm, lamento dizer, é um luxo. E um luxo que Portugal não pode pagar. Mais, sendo essa companhia a TAP, é um luxo que além de sair muito caro aos contribuintes, não serve os seus passageiros (atrasos sistemáticos, falta de informação, preços completamente proibitivos, etc...), viola as regras europeias de direito da concorrência (a TAP está neste momento a ser investigada pela Comissão Europeia por cartelização) e não representa, de facto, um serviço público (se o prestasse, os bilhetes para as Ilhas, por exemplo, não custariam mais de 300 euros!).
Por isso mesmo, considero que a TAP tem que ser privatizada. Tem que ter uma gestão eficiente ou, caso continue a dar prejuízo, ir à falência como tantas outras antes dela.
Confesso que sou pessoalmente sensível ao tema. Não gosto da TAP e tenho inúmeras razões de queixa desta companhia. Por isso mesmo, tomei a decisão de, nos próximos tempos, não voltar a voar com a TAP. Não é sem pena que a tomo (porque tenho este hábito de privilegiar o que é nosso), mas não
será, decerto falta de patriotismo escolher outras empresas em detrimento de
uma companhia aérea que tão pouco respeito demonstra pelos direitos dos passageiros, pelas regras da concorrência e pelo dinheiro dos contribuintes.
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