quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Pergunta

Será admissível dizer-se (como se tem comentado por aí): "ela [no caso, eu] não largava o Oscar"?





Mais fotografias da Oscars Carnival Party aqui.


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Nota Editorial: a minha sala é tãaaaaaaao fotogénica!!!!!!!

Serial something

Look at me now, will I ever learn?
I dont know how but I suddenly lose control
Theres a fire within my soul
Just one look and I can hear a bell ring
One more look and I forget everything, o-o-o-oh
Mamma mia, here I go again
My my, how can I resist you?

domingo, fevereiro 22, 2009

The Oscars



SLIH OSCARS 2009


Hoje é noite de Oscars e de Carnaval... pretexto para uma The Oscars Carnival Party, a acompanhar aqui, em directo a partir das 9 p.m. (tudo sobre a festa e tudo sobre a Red Carpet!)

Eu hoje acordei aqui


Luxe Hotel Sunset Boulevard, Los Angeles, California, USA


Preparadíssima para a Red Carpet.

The Oscars - what to wear

Está mais do que decidido o que levar à grande noite dos Oscars:


Vestido Dior Couture



Sapatos Balenciaga



Jóias Chopard

sexta-feira, fevereiro 20, 2009




Depois há o Rock Hudson. O Jimmy Dean. O Monty Clift. O Marlon Brando. etc.. etc... etc...

quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Milk




Com o comentário/apreciação de vários filmes em atraso, hoje é dia de Milk. Não vou falar da primorosa interpretação de Sean Penn (se houver alguma justiça premiada com o oscar) e da óbvia colagem das personagens às figuras reais (as parecenças físicas chegam a impressionar, ao contrário da ficção nacional, na qual já faltou mais para vermos Soraya Chaves a fazer de D. Afonso Henriques). Também não vou falar de Gus van Sant que uma vez mais dá provas do seu imenso talento e da montagem perfeita que permite que não se note a mistura de imagens reais com as de ficção. Tudo isso acaba por ser secundário face à mensagem do filme. E aqui não pensem que me refiro à defesa dos direitos dos homossexuais. Essa é a questão que me parece “menor” naquela história. O que ali está em causa é a defesa da liberdade e da igualdade de todos os Homens perante a lei (homens e mulheres, brancos e pretos, cristãos, judeus e muçulmanos e, lá está, heterossexuais e homossexuais). Por isso é tantas vezes repetido o corolário da Constituição Americana “all man are created equal”. Por isso, também, a certa altura vemos Milk dizer ao seu colega/rival White que aqueles que na década de 70 defendiam menos direitos para os homossexuais eram os mesmos que anos antes tinham defendido a discriminação dos católicos irlandeses (como White) pelo simples facto de serem “diferentes”, ou seja, irlandeses e católicos.

E aqui reside a questão fundamental com a qual temos que lidar. Justificar hoje, com qualquer fundamento, a discriminação de alguns permitirá que no futuro sejamos nós a ser discriminados. A história ensina-nos que sempre que uns homens pensaram ter mais direitos que outros, tal ideia conduziu a situações de escravidão, tirania e profundo desrespeito pelas pessoas que eram consideradas “diferentes” e às quais eram negados os mais básicos direitos, como seja a vida ou a liberdade. Infelizmente, há exemplos para todos os gostos. A subalternização da mulher (só por ser mulher) ao longo da história. A inferiorização dos negros (só por serem negros) durante vários séculos. A violência exercida contra os judeus (só por serem judeus) no III Reich. Etc, etc, etc.

Assim, o ponto que mais me tocou na história de Milk é a defesa acérrima da liberdade e da igualdade de todos os homens perante a lei (a tal Isonomia que nos ensinaram os Atenienses), para lá de todo o exagero panfletário da “causa gay” (que, curiosamente, o filme também nos ajuda a perceber a raiz história de alguns dos exageros “festivaleiros” que vemos hoje).

Posto isto, passo ao tema que agita a sociedade portuguesa: o casamento homossexual. Em primeiro lugar, a declaração de interesses: sou a favor do casamento (ou da união, o que lhe quiserem chamar, conquanto que os direitos conferidos a homossexuais e heterossexuais sejam os mesmos). Em segundo lugar não posso deixar de considerar que, neste momento em Portugal, ainda há tantas Liberdades que nos faltam, que fazer desta um cavalo de batalha é pouco, mas enfim. Além disso, parece-me ser um tema que não merece toda a atenção que está a ter. Em qualquer sociedade “normal” seria uma decorrência natural do princípio da igualdade e não daria tanta conversa e troca de argumentos.

Quanto aos argumentos “contra”, compreendo grande parte deles, e admito que têm alguma validade. É verdade que ao admitir que o casamento pode ser contraído por dois homens (ou duas mulheres) estamos a abrir a porta a casamentos poligâmicos (porque não?) e ao fim de todos e quaisquer impedimentos dirimentes ou impedientes. Confesso que nenhuma destas consequências me assusta particularmente. Como já disse, e repito, não gosto do instituto jurídico do casamento civil, que permite ao Estado meter o bedelho na vida privada dos cidadãos, e criar os seus modelos pré-fabricados de família (mais ou menos tradicional) em nome de um suposto bem social que advém do facto de duas pessoas (de sexo diferente) celebrarem entre elas um contrato de casamento perante um conservador do registo civil. Não acredito que assim seja. Para mim tem o mesmo valor intrínseco (e consequentemente o mesmo valor social) o casamento civil, a união de facto ou a mera “comunhão de afectos” (esse nome para lá de parolo, mas não sei que formulação mais civilizada utilizar) entre duas pessoas (que não cumpram os requisitos legais da união de facto).

Por esse motivo, para mim é-me igual um homem querer celebrar um contrato com outro homem para regular as suas obrigações patrimoniais, assistenciais ou outras (excluindo obviamente a questão da filiação, que não pode estar à disposição da liberdade contratual), um homem celebrar o mesmo tipo de contrato com várias mulheres (desde que a vontade de todas seja nesse sentido) ou um homem e uma mulher fazerem exactamente o mesmo, na versão mais “tradicional” da “coisa”. Para mim o ponto está, pois, na liberdade contratual (salvaguardados os direitos de terceiros) e na vontade das partes, como em qualquer outro contrato.

Por último, apenas uma nota sobre a posição da Igreja nesta matéria. Compreendo e aceito todas as opiniões da Igreja Católica quanto à homossexualidade, numa perspectiva de fé e de moral cristã. Acho também perfeitamente natural que a Igreja, que apenas concebe o matrimónio com a finalidade da procriação, o negue a uniões objectivamente estéreis. Aceito que a Igreja fale aos seus fiéis e que procure salvar as suas almas do pecado (é essa, no fundo, a sua missão). O que não consigo compreender é porque motivo a Igreja entende que o Estado (que é laico) e que legisla para todos os cidadãos (crentes ou não) tem que assumir como boas as suas considerações a propósito do casamento e da família. As leis civis são exactamente isso: civis. Não se regem por imperativos de fé ou de moralidade. Devem ser neutras e permitir a todos viver de acordo com a sua consciência, desde que com respeito pela liberdade alheia. E voltamos ao princípio, se hoje a Igreja quer o Estado ao seu lado, a defender uma visão de casamento que é sua, não se pode admirar de amanhã ter o Estado contra si, defendendo o oposto e proibindo, por exemplo, os cidadãos de receberem, livremente, o sacramento do matrimónio ou da eucaristia (seria totalitarismo, é um facto, mas a história ensina-nos que pode acontecer). Impor um padrão moral hoje, permite impor exactamente o inverso amanhã!

E termino este longuíssimo texto com uma frase que deveríamos ter sempre presente, escrita pelo punho de Thomas Jefferson e que abre a Declaração de Independência dos Estados Unidos da América: «We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal, that they are endowed by their Creator with certain unalienable Rights, that among these are Life, Liberty, and the Pursuit of Happiness

quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Pinóquio*




"Uma criança de seis anos, de nome Mariana, disse a Sócrates que gostava do seu Magalhães." (Via 31 da Armada)


Já o Tomás, no outro dia, estava muito revoltado e dizia que "o Sócrates" era um mentiroso. Discordâncias políticas à parte, disse-lhe que "o Sócrates" era o Primeiro Ministro e como tal merecia mais respeito. No entanto, e face às trapalhadas que geralmente envolvem o senhor, perguntei ao Tomás por que razão ele dizia aquilo com tamanha convicção. (Seria o Freeport? A licenciatura? Os 150.000 postos de trabalho? A baixa dos impostos?). Respondeu-me, então, ele, do alto do dogmatismo dos seus 8 anos: "Porque prometeu-me um Magalhães e não me deu! Se eu o encontrasse dizia-lhe: «Não podes ser Primeiro-Ministro porque mentiste às crianças»".

E assim desarmou-me... se todos os Portugueses fossem como o Tomás, queria ver onde parava a maioria absoluta!



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* Ou as várias versões da história do Magalhães.

Tudo bons rapazes




Cada vez que é publicado um relatório internacional e independente eu, como portuguesa, sinto-me enganada. Desta vez é o relatório sobre segurança da ONU (organização à qual ainda dou alguma credibilidade) que diz que Portugal é o país da Europa Ocidental com a maior taxa de homicídios.

Como pode ser???? Durante os últimos anos têm-nos atirado com "areia" para os olhos, sob a forma de Relatórios de Segurança Interna, que atestam o paraíso que é Portugal, livre de criminalidade violenta e organizada. Bem que podemos ler, quase todos os dias, notícias de homicídios, assaltos, violações e outro tipo de crimes violentos, mas os números (as estatísticas oficiais) acalmam a plebe a certificam que não há perigo de maior neste belo jardim à beira mar plantado.

Porém agora que chegam os dados reais (embora o director nacional adjunto da Polícia Judiciária olhe com reserva para o relatório das Nações Unidas) percebemos que, afinal, o paraíso em que supostamente vivíamos é, de facto, um mundo bem mais violento do que imaginávamos. Confirma-se porém uma verdade absoluta: estamos, de facto, a anos luz da vizinha Espanha. Não por lá ser pior… mas por ser bastante melhor (apesar do terrorismo)!

I'm your man



Javier Bardem

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Porque este blog está a ficar demasiado sério




Balenciaga, Spring Summer 09

Nota editorial

Está na forja um texto sobre o "the big issue" do momento: casamento homossexual (ou entre pessoas do mesmo sexo, como agora preferem chamar). Infelizmente não tenho tido nem tempo nem capacidade para o fazer. Mas não fugirei ao tema, porque é uma questão que me agrada, do ponto de vista político e jurídico.

E na verdade, se houve questões nas quais fiz um longuíssimo caminho nos últimos 10 anos, são exactamente as questões sociais, em especial aquelas relacionadas com a liberdade individual e a sua relação com o Estado e a suposta "moral pública". Por isso é que me custa muito ver que quando é de liberdade que falamos, não é a direita que assume a vanguarda da sua defesa, mas a esquerda mais estatista, totalitária e controleira. Incongruências políticas...

Quanto ao casamento como disse no post anterior, enquanto instituto jurídico acho um contra-senso! Se o casamento é um contrato (e nada mais é do que isso), tem que respeitar os princípios fundamentais do direitos dos contratos: a liberdade de contratar e a prevalência da vontade das partes. Se assim fosse, em nada chocaria o contrato entre dois homens tendo como objecto uma vida em comum, como em nada choca que amanhã eu celebre um contrato com a minha manicure para que ela me arranje as unhas!

(E de facto eu não acredito que o casamento civil tenha qualquer valor acrescentado para a sociedade ou que exista por causa da procriação e da família. E isto, muito simplesmente, porque quem faz a sociedade são os indíviduos, mulheres e homens dotados de inteligência e de vontade, não são os casais ou as famílias enquanto entidades colectivas.)

A individualista radical que adora sapatos



Digamos, então, que eu, que sou a favor do fim do casamento civil como tal, com os seus impedimentos, condições e consequências, sou uma individualista radical... parece-me lindamente! Acrescento apenas "que ADORA SAPATOS", e fica perfeito!




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* Texto muitíssimo bem feito. Limpo e asséptico. Defende um ponto de vista com argumentos muito válidos. Exactamente ao contrário do que se passou ontem nos Prós e Contras (programa que vi durante 5 minutos por manifesta incapacidade continuar a ouvir o radicalismo e a estupidez de ambos os lados! Dizem-me que se "salvou" Miguel Vale de Almeida. Não sei, porque não vi. Mas acredito que um antropólogo seja, de facto, quem melhor poderia discutir o tema com razoabilidade, atendendo a que a jurista de serviço não soube cumprir a sua função.)

Pensamento do dia



A vida é como o Monopólio... por mais que digamos que não, voltamos sempre a passar pela casa da partida! (E recebemos SEMPRE o "prémio" correspondente!)

segunda-feira, fevereiro 16, 2009

Hot 'n cold



Cause you're hot then you're cold
You're yes then you're no
You're in then you're out
You're up then you're down
You're wrong when it's right
It's black and it's white
We fight we break up
We kiss we make up
You, you don't really want to stay, no
You, should't really want to go, oh
You're hot then you're cold
You're yes then you're no
You're in then you're out
You're up then you're down


Hot 'n cold, Katy Perry

quarta-feira, fevereiro 11, 2009

Slumdog Millionaire




Realmente este filme é uma boa surpresa. Está bem realizado, bem interpretado e tem uma história plausível, sem cair no cliché. Curiosamente, o adjectivo que me ocorre para descrever este conto, sobre o filho das favelas indianas que se torna milionário, é limpo. Limpo apesar da pobreza extrema de Mumbai (Bombaim). Limpo apesar da violência e da maldade. Limpo apesar dos dramas humanos. E limpo, muito simplesmente, porque apenas pretende contar uma história (que é de amor) e não vender ideologia. Por isso, não se aproveita a miséria, a crueldade e a violência de forma panfletária. A câmara apenas as mostras, com a mesma naturalidade com que mostra um concurso televisivo em que um desconhecido auxiliar de call center se torna milionário.

Neste concurso, cada resposta correcta esconde uma história e um pedaço da vida daquele rapaz que a única coisa que queria, afinal, era reencontrar a rapariga dos seus sonhos, o que - de facto - acaba por acontecer, num final ao melhor estilo Bollywood!

A importância da Felicidade

"Não tenho filhos e tremo só de pensar. O exemplo que vejo em volta não aconselha temeridades. Hordas de amigos constituem as respectivas proles e, apesar da benesse, não levam vidas descansadas. Pelo contrário, estão invariavelmente mergulhados numa angústia enuma ansiedade de contornos particularmente patológicos. Percebo porquê.

Há cem ou duzentos anos, a vida dependia do berço, da posição social e da fortuna familiar. Hoje, não. A criança nasce, não numa família mas numa pista de atletismo, com as barreiras da praxe, jardim-escola aos três, natação aos quatro, lições de piano aos cinco, escola aos seis, e um exército de professores, explicadores, educadores e psicólogos, como se a criança fosse um potro de competição. Eis a ideologia criminosa que se instalou definitivamente nas sociedades modernas, a vida não é para ser vivida - mas construída com sucessos pessoais e profissionais, uns atrás dos outros, em progressão geométrica para o infinito. É preciso o emprego de sonho, a casa de sonho, o maridinho de sonho, os amigos de sonho, as férias de sonho, os restaurantes de sonho.

Não admira que, até 2020, um terço da população mundial esteja a mamar forte no Prozac. É a velha história da cenoura e do burro, quanto mais temos, mais queremos.
Quanto mais queremos, mais desesperamos.
A meritocracia gera uma insatisfação insaciável que acabará por arrasar o mais leve traço de humanidade. O que não deixa de ser uma lástima. Se as pessoas voltassem a ler os clássicos, sobretudo Montaigne, saberiam que o fim último da vida não é a excelência, mas sim a felicidade!"

João Pereira Coutinho

You've Got Mail - to whom it may concerns




Verifiquem, por favor, com regularidade as vossas caixas de correio (electrónicas e físicas). Andam por aí milhares de postais entregues mas por ler... situação que depois gera toda uma sequência de problemas e embaraços que seriam perfeitamente evitáveis caso cada pessoa lesse a sua correspondência, em devido tempo!

Não deixes para amanhã o que podes ler hoje!

terça-feira, fevereiro 10, 2009

Ainda Salazar*




Quem mais tem um antigo Governante a dar nome a uma das 4 "casas" de Hogwarts?





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* Ao cuidado da esquerda excitada que acha que a série da SIC "humanizou" o "ditador".

Notícia de última hora




George Clooney acabou de confirmar que não estará presente na 81.ª edição da entrega dos Oscars por ter sobreposição de agenda com outro evento - secreto, mas de igual importância - a ocorrer em Lisboa.

segunda-feira, fevereiro 09, 2009

A vida privada de Salazar




Finalmente Portugal tem na sua história um sedutor digno da lenda de Don Juan e de Giacomo Casanova.

Revolutionary Road

"You were just some boy who made me laugh at a party once, and now I loathe the sight of you."

April, Revolutionary Road

Oscars - antevisão



Ainda não tendo os filmes em dia, cresce a curiosidade pelo, à primeira vista desinteressante, Slumdog Millionaire. Depois de 5 Critics' Choice Awards, 4 Golden Globes (includindo Best Drama Film), 7 BAFTA Awards (incluindo Best Film) e de 10 (sim, 10) nomeações para o Oscar, só podemos estar perante uma obra fantástica.

Diga-se, ainda, que nesta pré-época dos Oscars Kate Winslet (The Reader/Revolutionary Road), Mickey Rourke (The Wrestler), Heath Ledger (The Dark Knight) e Penélope Cruz (Vicky Cristina Barcelona) têm acumulado prémios, enquanto o casal Jolie-Pitt se limita a espalhar charme e beleza nos vários cenários, sem levar um único galardão para casa.

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

The Queen



Elizabeth Alexandra Mary é Rainha há 57 anos. Não será um ícone pop nem faz parte da cultura imediatista, fútil e fácil que venera a fragilidade e vulnerabilidade de "princesas" que percebem pouco do seu ofício. A Rainha Isabel II é, de facto, uma RAINHA. Só isso. E aí reside a sua imensa grandeza.

Long live the Queen!

quarta-feira, fevereiro 04, 2009

A corte

Depois deste post e de mais este, que aqui publiquei em Dezembro (quando ainda achava que iria entrar no novo ano em NYC), é tempo de responder à pergunta então lançada: "qual irá ser a posição do CDS????". Pois bem, foi ontem decidido, por uma clara e expressiva maioria (73%) dos militantes de Lisboa [da qual fiz parte], que a Concelhia deveria encetar conversações com o PSD no sentido de vir a formalizar uma coligação para as eleições autárquicas na capital.

segunda-feira, fevereiro 02, 2009

Mulheres

Recebi o link para este texto do Pedro Arroja, no qual o autor defende a tese de que as “mulheres possuem uma forma superior de emocionalidade que as torna particularmente equipadas para desempenharem eficazmente a função mais importante que, na vida, é cometida aos seres humanos - a função de mãe. Mas é também essa emocionalidade superior, e o correspondente défice de racionalidade, que, quando comparadas com o único termo de comparação possível - os homens -, as torna relativamente desadaptadas para o desempenho de outras funções na vida, como a ciência, a justiça, a religião e a poesia.”

Pois bem, começando pela superior emocionalidade (ou emotividade), não creio que tal seja, de todo, uma característica feminina. Há, naturalmente, pessoas mais emotivas do que outras, independentemente do seu sexo. Olhando para o meu exemplo pessoal, não apenas eu não sou particularmente emocional (embora seja, obviamente, mulher) como as mulheres que me rodeiam são o oposto do estereótipo da tradicional “emocionalidade feminina”. Pelo contrário, conheço homens que me ganham 10/0 no campo da emocionalidade (o que, convenhamos, não é difícil!). Em termos de características femininas é mais razoável generalizar a futilidade e o consumismo do que a emocionalidade… isto porque, felizmente, nem todas as mulheres são umas neuróticas emocionais, mas quase nenhuma consegue resistir a um letreiro que prometa 40% de desconto!

Já no que se refere à função de mãe, a verdade é que ser mãe não é sinónimo de emocionalidade ou lamechice. Antes pelo contrário, muitas vezes ser mãe é sinónimo de racionalidade, pragmatismo e eficácia na resolução de problemas. Por isso também não está no útero a justificação da estranha emocionalidade feminina.

E chegamos ao cerne da questão, o que as mulheres ganham em emocionalidade (para serem umas “óptimas” embora neuróticas mãezinhas) perdem necessariamente em racionalidade (temos um “défice” disso… assim como alguns homens têm défice de atenção e outros, muito simplesmente, de inteligência). Por isso não podemos dedicar-nos à ciência, à justiça, à religião e à poesia. Deixando a religião e a poesia de parte (porque uma precisa de vocação e outra de talento, e tais coisas não surgem em virtude do sexo), ficamos com a ciência e a justiça (permitindo-me, eu, juntar a política). Pois bem, as mulheres estão desadaptadas para tais funções e porquê, porque a emocionalidade lhes tolda o raciocínio e são, genericamente, levadas a tomar decisões precipitadas e inconsequentes, meramente baseadas em sentimentos, percepções e emoções. Exemplos concretos provam-no. Foi claramente a emotividade que fez com que a Senhora Tatcher não cedesse perante uma greve de fome de militantes do Exército Republicano Irlandês ou que não tremesse durante a guerra das Malvinas. Terá também, certamente, sido a emotividade que comandou a vontade de Golda Meir quando deu ordem para a operação Ira de Deus.

Pensamento do dia



Some love stories aren't epic novels - some are short stories. But that doesn't make them any less filled with love.

domingo, fevereiro 01, 2009

Brangelina




O casal sensação de Hollywood, não apenas tem filhos lindos (dos quais podem apreciar várias fotos nas revistas del coraçon desta semana) como estão ambos nomeados para o mais importante prémio de representação: o Oscar. Ela por Changeling. Ele por Benjamin Buton.

Ora bem... começando por ela. Acho Angelina Jolie uma actriz (como uma mulher) pouco convencional. Tanto a podemos ver em papéis de forte intensidade dramática (como A Mighty Heart), como a encontramos em blockbusters em que a "acção" é tudo (veja-se o excelente Wanted, por exemplo). Em Changeling, um filme poderoso e intenso com a chancela de qualidade de Clint Eastwood, Angelina está sublime. Ela é uma mãe amargurada pelo desaparecimento do filho, torturada pela dúvida sobre o que lhe aconteceu, revoltada por receber uma criança que não é a sua, sabendo que a polícia desistiu de procurar o seu filho e por fim, uma lutadora, em busca da justiça e da verdade, sem nunca pretender a vingança e sem nunca deixar morrer a esperança. Christine é sempre digna e contida, mesmo quando a angústia, o sofrimento e a revolta se apoderam dela. E Angelina consegue dar-nos todas essas tonalidades, sem nunca cair no exagero ou no ridículo. Já o filme, é fabuloso. Muito duro e intenso (ou não fosse sobre uma história dramática do desaparecimento de uma criança) mas magnificamente dirigido. Não há momentos mortos e a narrativa ocupa cada minuto do filme, sem nunca parar ou abrandar. Um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos, sem dúvida que não percebo como ficou à margem da nomeação para o Oscar de melhor filme.

Falando agora dele. Brad Pitt sempre foi um actor de que gostei. Independentemente de ser um homem inegavelmente bonito, como actor é suficientemente bom para nos fazer acreditar nos seus filmes. Possivelmente as suas escolhas não são as mais felizes, embora já tenha feito excelentes filmes, como Legends of the Fall, Seven, Babel e o recente filme dos irmãos Coen, Burn After Reading. Em Benjamin Button, Pitt está, obviamente, muito bem. Faz-nos acreditar na sua história, está seguro e credível, mas sem génio (e as suas imagens aos 20 anos, fazem-nos lembrar o J.D. do Thelma & Louise). Curiosamente, tendo ouvido críticas muitíssimo favoráveis a este filme (do JMC e do AVM), e estando ele nomeado para 13 Oscars, esperava muito desta história. Porém este Estranho Caso de Benjamin Button foi, para mim, uma decepção. É um filme excessivamente longo para a história que conta e sem qualquer traço de genialidade. Ficou claramente àquem das expectivas.

Eu hoje acordei aqui


Maia Luxury Resort & Spa, Seychelles


Farta de chuva, vento e frio, a precisar de apanhar sol e descansar.