quarta-feira, outubro 10, 2012

Prudência

São boas notícias, claro. Mas serão o suficiente para nos descansarmos quanto ao habitual desequilíbrio da nossa balança comercial nos últimos anos?

Será este crescimento estrutural e sustentado, ou será antes equilíbrio meramente ilusório, fruto da necessidade de escoar para fora a produção que (já) não é consumida internamente?

Só a melhoria do consumo interno irá provar se, de facto, as nossas empresas se viraram estruturalmente para os mercados externos (sobretudo o mercado extracomunitário - que é aquele que neste momento mais pode absorver os excedentes de produção dos países da UE) ou se esta foi apenas uma solução de recurso e, por isso mesmo, transitória.

Como tal melhoria ainda vai demorar (parece ter sido, definitivamente, chutada para o pós 2013), devemos ser prudentes na análise dos dados e não festejar, antecipadamente, o que pode, afinal, não ter passado de um mero efeito conjuntural.

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